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Flotilha humanitária: deputada do PT não assina deportação e permanece presa em Israel

A parlamentar Luizianne Lins (PT/CE) considerou o documento abusivo e continua detida na prisão de Ketziot, no deserto de Negev, sul de Israel

A deputada federal Luizianne Lins (PT/CE) continua presa na prisão de Ketziot, no deserto de Negev, sul de Israel, após ser detida na interceptação de forças israelenses da flotilha humanitária que levava alimentos e medicamentos para a Palestina. As embarcações foram capturadas em águas internacionais.

A informação foi confirmada pela assessoria da parlamentar via nota oficial. A deputada se recusou a assinar o documento de deportação acelerada que foi oferecido pelas autoridades de Israel. De acordo com a nota, Lin considerou o documento "abusivo".

"Por sua trajetória na defesa dos direitos humanos, [Luizianne Lins] entendeu que sua responsabilidade ia além de sua própria situação - estando em solidariedade e unidade com os demais membros da delegação brasileira que não assinaram o documento", afirmou a nota.

A equipe da deputada também afirma estar preocupada com relatos recebidos por representantes legais de que parte do grupo estaria sendo privado de água, alimentos e medicamentos, em violação a normas internacionais de direitos humanos e ao direito humanitário que protege missões civis e de ajuda humanitária.

Além disso, audiências judiciais no tribunal que analisa as ordens de detenção ocorrem neste sábado e a equipe continua acompanhando o caso e aguarda o resultado das sessões. O gabinete da deputada exigiu ainda a libertação de Lins. "Exigimos que o governo de Israel liberte imediatamente as brasileiras e os brasileiros detidos ilegalmente", concluiu a nota.

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