CONGRESSO

Duda Salabert anuncia para hoje novo processo contra Eduardo Bolsonaro

Deputada afirma que recorrerá após o arquivamento de ação contra o deputado licenciado e acusa a Comissão de Ética de "desmoralizar a Casa"

A deputada Duda Salabert (PDT-MG) afirmou nesta quinta-feira (23/10) que vai ingressar ainda hoje com um novo processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em reação ao arquivamento da representação anterior na Comissão de Ética da Câmara. A parlamentar classificou a decisão como “uma vergonha para o Parlamento” e declarou que o colegiado “não respeita e desmoraliza a Casa”.

Segundo Duda, as falhas do Conselho de Ética tiveram início desde o episódio que originou o processo contra o deputado Nicolas Ferreira (PL-MG) que usou uma peruca loira no plenário, em 2023, debochando de pessoas trans e de comunidades LGBTQIA+. “Tudo começou naquele momento de escárnio, de desrespeito às minorias. O arquivamento dessa representação é a prova de que a Comissão de Ética perdeu sua função institucional”, afirmou.

A deputada destacou ainda que pretende recorrer da decisão e protocolar um novo pedido. “Eu vou entrar novamente com o processo, porque não posso aceitar esse tipo de conivência com um parlamentar que trabalha contra sua nação e ainda é remunerado para isso”, disse ela, ao Correio.

O arquivamento do processo teve apoio dos deputados Albuquerque (Republicanos-RR), Cabo Gilberto Silva (PL-PB), Delegado Marcelo (União-MG), Domingos Sávio (PL-MG), Fausto Jr. (União-AM), Gustavo Gayer (PL-GO), Júlio Arcoverde (PP-PI), Delegado Fábio Costa (PP-AL) e Delegado Bilynskiy (PL-PR), que votaram favoravelmente à decisão de encerrar a apuração no Conselho de Ética da Câmara.

Na noite de ontem (22), o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), apresentou um recurso ao plenário contra o arquivamento do processo que pedia a cassação de Eduardo Bolsonaro por suposta atuação no exterior contra instituições brasileiras.

O recurso reuniu 86 assinaturas de parlamentares, número superior às 52 exigidas pelo regimento interno da Casa. No documento, os deputados afirmam que “o parecer do relator padece de erro de premissa ao confundir a liberdade de expressão do parlamentar com licença para incitar o descrédito das instituições da República, afrontando a independência e harmonia entre os Poderes e atentando contra o Estado Democrático de Direito”.

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