Congresso

CPMI do INSS aprova acareação entre "Careca do INSS" e advogado Eli Cohen

Deputados e senadores querem esclarecer contradições nos depoimentos sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social

Os integrantes da comissão acreditam que a acareação pode ajudar a confirmar versões e detalhar a atuação de cada um no caso -  (crédito:  Geraldo Magela/Agência Senado)
Os integrantes da comissão acreditam que a acareação pode ajudar a confirmar versões e detalhar a atuação de cada um no caso - (crédito: Geraldo Magela/Agência Senado)

A CPMI do INSS aprovou, nesta quinta-feira (6/11), o pedido de acareação entre o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o advogado Eli Cohen. Ambos já haviam prestado depoimento à comissão, mas divergências nas declarações motivaram os parlamentares a colocá-los frente a frente para esclarecer pontos contraditórios.

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Antunes é apontado como um dos principais articuladores de um suposto esquema de fraudes que envolvia descontos irregulares em aposentadorias e pensões. Já Eli Cohen afirma ter conduzido investigações particulares e colaborado na exposição das irregularidades, o que teria contribuído para a abertura da CPMI.

Os integrantes da comissão acreditam que a acareação pode ajudar a confirmar versões e detalhar a atuação de cada um no caso.

Durante a sessão, os parlamentares também aprovaram uma série de medidas cautelares e pedidos de prisão preventiva. Entre eles, estão Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da ABCB (Amar Brasil Clube de Benefícios), o empresário Domingos Sávio de Castro e Rubens Oliveira Costa, apontado como intermediário de Antunes. Este último chegou a ser preso em flagrante durante depoimento em setembro.

Outros dois alvos de prisão preventiva são Silas da Costa Vaz, integrante de uma cooperativa vinculada à Conafer (Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Rurais), e Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT). Com essas novas deliberações, a CPMI já soma 29 pedidos de prisão encaminhados ao Supremo Tribunal Federal (STF), onde os casos são relatados pelo ministro André Mendonça.

Além das medidas de prisão, os parlamentares aprovaram o pedido de apreensão de passaportes dos investigados que tiveram prisão recomendada pela comissão. O objetivo é evitar a fuga de suspeitos e garantir o andamento das investigações. Também foram aprovadas novas quebras de sigilo e solicitações de Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

A CPMI ainda deliberou sobre novas convocações, incluindo a de Saulo Milhomem dos Santos, superintendente de Relacionamento Comercial e Mercados da Dataprev, e de sócios e representantes de entidades e empresas suspeitas de envolvimento nas fraudes. O colegiado pretende avançar na coleta de provas e cruzamento de informações para identificar o alcance do esquema que teria desviado recursos do INSS.

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postado em 06/11/2025 11:45 / atualizado em 06/11/2025 11:46
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