
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), classificou, nesta quarta-feira (12/11), como “divisor de águas” a megaoperação que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro. Ele defendeu que o Projeto de Lei Antifacção seja votado daqui a 30 dias, para que chegue ao Plenário da Câmara dos Deputados “mais robusto”.
“Pedi ao deputado Hugo Motta (presidente da Câmara) que inclua tudo que for preciso para deixar o projeto mais robusto”, afirmou Zema, depois de se reunir com Motta e outros governadores de direita, na Câmara.
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Segundo Zema, Motta demonstrou disposição em dar “celeridade ao processo”. Mas indicou que a votação não deve ocorrer imediatamente. “Parece que não será votado hoje”, comentou Zema.
Durante a conversa com jornalistas, o governador de Minas voltou a defender endurecimento das leis contra o crime organizado e classificou as facções como “organizações terroristas”. Ele também sugeriu mudanças no texto do projeto, tal como incluir a prisão automática de criminosos que rompam tornozeleiras eletrônicas.
“Uma das alterações que propomos é que, se o criminoso romper a tornozeleira, já tenha mandado de prisão automático. Hoje ainda é preciso uma determinação judicial”, disse.
Zema defendeu, ainda, que policiais tenham maior autonomia nas abordagens, afirmando que muitos agentes atuam sob medo de punições. “O policial, hoje, tem medo de responder a processos” argumentou.
Questionado sobre a PEC da Segurança Pública, de autoria do governo federal, Zema desdenhou os efeitos da proposta.
“Essa PEC não melhora em nada. Há muitas outras propostas de segurança que podem ser votadas. Sou favorável à redução da maioridade penal e à autonomia dos estados nessa área”, afirmou.
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