Congresso

CPMI do INSS: Kim Kataguiri prevê prisão de depoente desta quinta

Deputado acredita ainda que novos nomes serão revelados no esquema que desviou mais de R$ 6,3 bilhões

Quando a testemunha abusa do direito ao silêncio, é natural que se cogite a prisão em flagrante, declarou Kataguiri -  (crédito: Mário Agra/Câmara dos Deputados)
Quando a testemunha abusa do direito ao silêncio, é natural que se cogite a prisão em flagrante, declarou Kataguiri - (crédito: Mário Agra/Câmara dos Deputados)

O deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP), que acompanha a oitiva do advogado Eric Douglas Martins Fidelis à Comissão Parlamentar Mistas de Inquérito (CPMI) do INSS, afirmou nesta quinta-feira (13/11), que acredita na possibilidade de prisão do depoente, até o fim da audiência. A oitiva faz parte da Operação Sem Desconto, que investiga descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas.

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Eric Douglas é filho do ex-diretor de Benefícios do INSS André Fidelis, que inclusive, teve sua prisão decretada na manhã de hoje, no momento em que o advogado era ouvido pela CPMI. A prisão foi anunciada pelo relator do colegiado, deputado Alfredo Gaspar (União-AL).

O parlamentar do União Brasil conversou com o Correio na saída da primeira etapa da audiência. Ele disse que está claro a participação do advogado no esquema e em sua ligação com o pai. “Utilizava tanto as suas empresas pra fazer a lavagem desse dinheiro e embolsar também. Isso está muito claro, há indícios fortes de que ele participou diretamente desse esquema, se beneficiando financeiramente de recursos públicos”, afirmou.

Kim revelou ainda que o comportamento do depoente e suas negativas devem levá-lo a receber voz de prisão. “Eu acho que é possível que ele saia preso. Quando a testemunha abusa do direito ao silêncio, descumpre uma convocação do Parlamento e tenta obstruir o trabalho da comissão, é natural que se cogite a prisão em flagrante”, declarou.

Ele criticou o comportamento de Fidelis, afirmando que muitas perguntas não comprometedoras foram deixadas sem resposta. “Em vários momentos ele se negou a falar sobre questões que ele tem o dever de falar como testemunha. Existe um limite até onde ele pode se eximir — há perguntas que poderiam de fato incriminá-lo, mas muitas das que ele deixou de responder não têm qualquer risco de autoincriminação”, disse.

O deputado finalizou afirmando que continua confiando no trabalho da comissão, e que até o prazo final para a entrega do relatório, em março de 2026, outros nomes do esquema serão revelados.
“O trabalho que o relator tem feito é muito consistente. Tenho plena convicção de que o relatório vai expor os responsáveis, independentemente de quem sejam. Não tenho a menor dúvida de que a CPMI vai chegar em grandes nomes, finalizou.

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postado em 13/11/2025 14:56
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