
A Polícia Federal sugeriu que o tenente-coronel Mauro Cid, delator da tentativa de golpe de Estado, e a família dele, sejam incluídos no programa de proteção a testemunhas. A sugestão será analisada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, depois, seguirá para deliberação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do processo.
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“A Polícia Federal, a seu turno, informou que, como ação indispensável à preservação da integridade física do réu e de seus familiares, revela-se possível a inclusão destes no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas", diz a PF.
Mauro Cid foi condenado a dois anos de prisão, em regime aberto. No mês passado, ele foi autorizado a tirar a tornozeleira eletrônica, após o STF decretar o trânsito em julgado da condenação do militar por envolvimento na trama criminosa, que tinha como objetivo manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Delator do esquema, Cid foi o único entre os oito réus do núcleo crucial da tentava de golpe que decidiu não recorrer da condenação. Segundo a defesa, o tenente-coronel cumpriu integralmente a condenação durante o período em que esteve preso preventivamente, além das medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e retenção de passaporte.
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Em setembro, a Primeira Turma do STF julgou o chamado núcleo crucial da tentativa de golpe. Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), os envolvidos atuaram para desacreditar o sistema eleitoral, incitar ataques a instituições democráticas e articular medidas de exceção.
Entre os condenados, está o ex-presidente Bolsonaro, com a pena de 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Essa foi a primeira vez na história em que um ex-chefe do Executivo é punido por crimes contra a democracia.
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