Trama golpista

PF sugere inclusão de Mauro Cid e de família em programa de testemunhas

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi o delator do esquema criminoso que pretendia impedir a posse do presidente Lula. Decisão será do ministro Alexandre de Moraes

Mauro Cid foi condenado a dois anos de prisão, em regime aberto -  (crédito: Platobr Politica)
Mauro Cid foi condenado a dois anos de prisão, em regime aberto - (crédito: Platobr Politica)

A Polícia Federal sugeriu que o tenente-coronel Mauro Cid, delator da tentativa de golpe de Estado, e a família dele, sejam incluídos no programa de proteção a testemunhas. A sugestão será analisada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, depois, seguirá para deliberação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do processo. 

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

“A Polícia Federal, a seu turno, informou que, como ação indispensável à preservação da integridade física do réu e de seus familiares, revela-se possível a inclusão destes no Programa Federal de Assistência a Vítimas e Testemunhas Ameaçadas", diz a PF.

Mauro Cid foi condenado a dois anos de prisão, em regime aberto. No mês passado, ele foi autorizado a tirar a tornozeleira eletrônica, após o STF decretar o trânsito em julgado da condenação do militar por envolvimento na trama criminosa, que tinha como objetivo manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder. 

Delator do esquema, Cid foi o único entre os oito réus do núcleo crucial da tentava de golpe que decidiu não recorrer da condenação. Segundo a defesa, o tenente-coronel cumpriu integralmente a condenação durante o período em que esteve preso preventivamente, além das medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e retenção de passaporte.

Em setembro, a Primeira Turma do STF julgou o chamado núcleo crucial da tentativa de golpe. Segundo a acusação da Procuradoria-Geral da República (PGR), os envolvidos atuaram para desacreditar o sistema eleitoral, incitar ataques a instituições democráticas e articular medidas de exceção. 

Entre os condenados, está o ex-presidente Bolsonaro, com a pena de 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Essa foi a primeira vez na história em que um ex-chefe do Executivo é punido por crimes contra a democracia. 






 

  • Google Discover Icon
postado em 14/11/2025 16:13 / atualizado em 14/11/2025 16:14
x