SÃO PAULO

Justiça condena Pablo Marçal por difamação contra Tabata Amaral

Empresário terá de pagar mais de R$ 300 mil por declarações consideradas ofensivas e baseadas em desinformação. Ele ainda pode recorrer

Justiça condena Pablo Marçal por declarações contra Tabata Amaral, consideradas ofensivas e baseadas em desinformação
 -  (crédito: Reprodução/Rede Globo e Minervino Júnior - CB/DA Press)
Justiça condena Pablo Marçal por declarações contra Tabata Amaral, consideradas ofensivas e baseadas em desinformação - (crédito: Reprodução/Rede Globo e Minervino Júnior - CB/DA Press)

A Justiça Eleitoral de São Paulo condenou o empresário e influenciador Pablo Marçal por difamação eleitoral contra a então pré-candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB). A decisão considera que Marçal utilizou desinformação e referências à vida íntima da deputada para influenciar o eleitorado durante uma entrevista concedida no período de pré-campanha.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O CORREIO BRAZILIENSE NOGoogle Discover IconGoogle Discover SIGA O CB NOGoogle Discover IconGoogle Discover

Na ocasião, Marçal afirmou que Tabata teria abandonado o pai ao ir estudar em Harvard. Informação falsa que, segundo o juiz responsável pelo caso, ultrapassou os limites da disputa política ao explorar uma tragédia pessoal para fins eleitorais. O magistrado destacou ainda que se não houvesse campanha formal, a fala tinha “claro propósito de atingir a imagem pública da pré-candidata”. 

"Eu também tive um pai que foi alcoólatra, mas a família ajudou ele, e ele deixou o alcoolismo. O pai dela, ela foi para Harvard, e o pai dela acabou morrendo. Igual imagino o que ela pode fazer com o povo de São Paulo", afirmou Marçal na ocasião.

À época, Tabata desmentiu a informação, chamou o ataque de "nojento" e "perverso", e afirmou que estava no Brasil quando perdeu o pai, aos 17 anos. Durante a campanha, ele se desculpou pela afirmação. 

Com a condenação, Marçal deverá pagar o equivalente a 200 salários-mínimos por danos morais, além de 7 dias-multa fixados em 5 salários-mínimos cada, montante que ultrapassa R$ 303 mil, considerando os valores vigentes. A pena baseia-se no entendimento de que houve difamação eleitoral, prevista na legislação para casos em que se busca impactar o eleitorado por meio de ofensas ou imputações inverídicas. A defesa de Pablo Marçal ainda pode recorrer.

Tábata Amaral ainda não comentou a decisão. A reportagem do Correio não conseguiu contato com a defesa de Marçal. O espaço segue aberto.

  • Google Discover Icon
JA
postado em 14/11/2025 15:42 / atualizado em 14/11/2025 15:42
x