
Em audiência com o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, parlamentares defenderam nesta terça-feira (25/11) a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as operações que culminaram na liquidação extrajudicial do Banco Master.
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A senadora Leila Barros (PDT-DF) afirmou que o pedido de criação da CPI já está protocolado e convocou os colegas a assiná-lo. Ela também afirmou que o BC atuou com rapidez logo após a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovar a compra do Master pelo Banco de Brasília (BRB).
Durante a sessão, Leila questionou Galípolo sobre o papel do BRB no episódio, perguntando se o banco teria sido uma “vítima incompetente” ou se teria agido de má-fé. Galípolo, por sua vez, alegou que não poderia comentar todos os pontos devido a informações sob sigilo e ao fato de a investigação ainda estar em curso.
Autonomia do BC
O presidente do BC também foi pressionado por outros parlamentares e aproveitou a audiência para pedir que o Legislativo avance na votação da proposta de emenda à Constituição (PEC) que reforça a autonomia da autoridade monetária. A medida cria um novo marco institucional para o Banco Central, garantindo autonomia técnica, operacional, administrativa, orçamentária e financeira.
O senador Esperidião Amin (PP-SC), que já assinou o pedido da CPI do caso Marter, afirmou que uma comissão parlamentar poderia esclarecer os desdobramentos do caso e criticou a supervisão do BC. “Estamos vendo cenas do século passado. Hoje não voto a favor da autonomia do BC. O algoritmo não mostrou que o crescimento do Master era anômalo? Não confio em quem não tem esse algoritmo”, afirmou.
Eduardo Braga (MDB-AM) chamou a situação de “farra no sistema financeiro” e classificou o episódio como “um escândalo”. “O Master era uma tragédia anunciada”, disse.
O senador Izalci Lucas (PL-DF) afirmou ter recebido documentos do BRB sobre as negociações para uma possível operação de socorro ao Master. Segundo ele, o banco sustentava que a transação seria vantajosa e, diante dos desdobramentos do caso, questionou o que caracterizaria uma operação com “títulos podres”.
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