Congresso

Câmara tem episódio de violência e fechamento inédito do plenário

Deputado Glauber Braga é retirado à força da Mesa e TV câmara e desligada para evitar a ação da polícia legislativa

Após se recusar a desocupar a Mesa da Câmara, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força pela Polícia Legislativa, arrastado e agredido -  (crédito: Vanilson Oliveira / CB / DA Press)
Após se recusar a desocupar a Mesa da Câmara, o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) foi retirado à força pela Polícia Legislativa, arrastado e agredido - (crédito: Vanilson Oliveira / CB / DA Press)

Depois de se recusar a desocupar a Mesa da Câmara, o deputado federal Glauber Braga (PSol-RJ) foi retirado à força pela Polícia Legislativa, arrastado e agredido, nesta terça-feira (9/12). As deputadas Sâmia Bomfim (PSol-SP), mulher de Glauber, e Célia Xakriabá (PSol-MG), também foram agredidas durante a remoção violenta.

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Pela primeira vez na história da Casa, a transmissão da TV Câmara foi desligada e jornalistas que acompanhavam a sessão no plenário foram retirados do local. O fechamento do plenário e a interrupção da divulgação oficial ampliaram a reação de parlamentares e profissionais da imprensa.

Deputados da base governista denunciaram à imprensa, concentrada no Salão Verde, as agressões ocorridas no interior do plenário. Cerca de uma hora depois, Glauber surgiu no acesso dos parlamentares, cercado de policiais legislativos. Com a aproximação da imprensa, os seguranças desferiram socos e pontapés nos jornalistas. O principal responsável pelas agressões foi Marcelo Guedes de Rezende, chefe do Departamento de Polícia Legislativa (Depol).

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Deputados como Maria do Rosário (PT-RS), Lindbergh Farias (PT-RJ), Duda Salabert (PDT-MG) e o deputado pastor Henrique Vieira (PSol-RJ) se solidarizaram com Glauber e formaram um cordão de apoio ao parlamentar. O deputado foi encaminhado ao Departamento Médico da Câmara, no Anexo III, e, em seguida, seguiu para o Instituto Médico-Legal (IML), para realizar exame de corpo de delito.

Maria do Rosário criticou a decisão de fechar o plenário e restringir a atuação da imprensa. “Somos contra um plenário fechado aos olhos do mundo. Somos contra uma atitude que precisa esconder o que está acontecendo. A Câmara não pode se posicionar de forma encoberta”, reclamou.

Segundo a parlamentar, a condução da sessão cria uma grave distorção institucional. “O que está em debate não é apenas uma matéria específica, mas a postura da presidência da Câmara. Colocar o fim da mudança da dosimetria das penas é criar, na prática, uma anistia para o golpista Jair Bolsonaro e para outros que atentaram contra a República”, criticou.

 

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postado em 09/12/2025 20:07
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