
Horas depois da votação do PL da Dosimetria nesta quarta-feira (10/12), o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, expressou sua indignação na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara. Convidado para tratar do projeto que prevê o fim da escala 6x1, ele iniciou sua fala comentando o episódio da madrugada, marcado por cortes na transmissão legislativa, denúncias de agressões e a votação acelerada do texto que reduz penas de condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
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Boulos criticou diretamente a condução da sessão. “Nós temos o sinal da TV Câmara cortado, nós temos jornalistas e parlamentares agredidos a mando do comando da Casa, o que é próprio de posturas e de regimes ditatoriais. Não é algo que se deve conviver e se naturalizar dentro da democracia. E acho que há tempo de se corrigir caminhos errados”, afirmou.
O ministro disse ainda que a Câmara desperdiçou energia com um projeto que, segundo ele, não atende ao interesse público.
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“Eu ficaria muito feliz, e acho que o povo brasileiro ficaria muito feliz, se o nosso Parlamento, a nossa Câmara dos Deputados, que eu repito aqui, com muito orgulho, faço parte como deputado eleito pelo estado de São Paulo, tivesse passado a última madrugada debatendo, votando, se precisasse ficar até as quatro da manhã que ficasse, mas para debater o fim da escala 6x1, para debater a taxação de milionários, para debater as pautas que interessam ao povo brasileiro. Não para debater anistia para criminoso que tentou dar golpe no Estado e ainda tentou soldar tornozeleira eletrônica.”
Com 291 votos a favor e 148 contra o PL da Dosimetria, na Câmara, a pauta segue ao Senado.
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