
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá, no primeiro semestre do próximo ano, compromissos oficiais na Índia, Coreia do Sul e na Alemanha. O petista, que participou da cerimônia de abertura de novos mercados para produtos brasileiros e da inauguração da nova sede da Apex-Brasil, em Brasília, disse que as viagens a dois países do oriente e um da União Europeia terão objetivos de fortalecer relações comerciais.
“A Índia é um país de 1,4 bilhão de habitantes e o Brasil é um país de 215 milhões de habitantes. Não tem sentido a nossa relação comercial (Brasil e Índia) ser de apenas US$ 12 bilhões. Nós sabemos do potencial de coisas que podemos vender para a Índia e sabemos do potencial das coisas que a Índia pode vender para o Brasil”, afirmou o presidente.
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Lula ainda citou vantagens comparativas que apontam méritos da Índia e do Brasil e diferentes setores da economia. “Eles são melhores do que nós na questão espacial, na indústria de defesa, na indústria de fármacos. Nós temos que ir lá e vermos o que que a gente pode comprar deles e a gente tem a oferecer”, apontou Lula, exemplificando que a tecnologia ofertada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pode servir como atrativo para exportações à Índia.
De acordo com o presidente, a viagem à Índia deve ocorrer em fevereiro. Na sequência das reuniões no país asiático, o líder brasileiro irá à Coreia do Sul para fortalecer relações bilaterais na indústria da beleza.
“Lá (na Coreia), quero ver se eu levo um monte de empresárias mulheres da área de beleza porque lá é o maior centro de produção de creme de beleza do mundo. Hoje, as dermatologistas brasileiras vivem viajando para a Coreia para comprar coisas boas e máquinas mais modernas”, constatou.
Feira de indústria na Alemanha
No mês seguinte às agendas na oriente, Lula fará reuniões bilaterais na Alemanha. No país europeu, o presidente também vai participar, junto a uma comitiva de empresários brasileiros, da feira Hannover. No evento, considerado o maior do mundo na área industrial, Lula vai propagar que os combustíveis brasileiro emitem menos gás carbônico (CO2) que os alemães.
“Eu quero provar, lá na Alemanha, que o nosso combustível emite menos CO2 do que os deles”, projetou o presidente. Essa ideia, segundo ele, também será dita a executivos da marca de caminhões Mercedes-Benz. “Eu quero provar, na Alemanha, na frente de um caminhão da Mercedes-Benz, que é alemão. Cada vez que eles (Mercedes-Benz) inventam (nova tecnologia para o veículo), o (preço) do caminhão aqui aumenta 15%. Esse mix ambientalista para aumentar o caminhão, nós já não precisamos do que eles precisam", disse Lula, ao completar que, além de emitirem menos CO2 que os combustíveis alemães, os caminhões que vêm ao mercado brasileiro sob a premissa de serem mais limpos chegam com preços elevados.

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