
O relator da segunda etapa da regulamentação da reforma tributária, deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE), afirmou que a Câmara dos Deputados manteve praticamente a totalidade do conteúdo negociado, com consenso em “99,9%” da proposta para a votação desta segunda-feira (15/12) no plenário da Câmara dos Deputados. Segundo ele, não houve espaço para destaques relevantes, diante do acordo construído entre as lideranças.
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De acordo com Benevides, as regras do comitê gestor, da fiscalização, da arrecadação dos tributos e da repartição das receitas precisam entrar em vigor em 1º de janeiro de 2026, embora os efeitos financeiros para os contribuintes só ocorram em 2027. Para o relator, a aprovação permite medir “a potência do novo regime” antes do início efetivo da cobrança.
O deputado explicou que o texto é uma combinação de decisões do Senado e da Câmara. Foi mantida a versão dos senadores sobre a uniformização de entendimentos entre o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), com a incorporação do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) ao sistema de súmula vinculante para resolver divergências entre julgamentos.
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Por outro lado, a Câmara retomou sua redação em pontos específicos, como as regras para microempresas, que terão prazo mais amplo para decidir se permanecem no regime atual de tributação sobre o faturamento ou se migram para a não cumulatividade plena. Também voltou o texto da Câmara sobre a emissão separada de notas fiscais, medida considerada essencial para viabilizar o cashback individualizado por CPF.
Benevides também afirmou que caiu o teto de 2% para o Imposto Seletivo sobre bebidas açucaradas, que havia sido incluído pelo Senado, e que temas polêmicos como a tributação das Sociedades Anônimas do Futebol e a lista de medicamentos foram resolvidos com a retomada do texto da Câmara. Segundo ele, todos os parlamentares votaram a favor porque “o Brasil precisa disso”, já que a reforma tributária entra em vigor em 1º de janeiro de 2026.

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