O ministro da Previdência, Wolney Queiroz, declarou nesta quinta-feira (4/12) que “basta investir e dar as condições” para que o Nordeste consiga se desenvolver, ao defender a continuidade das políticas públicas voltadas à região. Ele discursou na abertura do CB.Debate: Os avanços do Nordeste, realizado pelo Correio Braziliense em parceria com o Banco do Nordeste (BNB).
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Queiroz afirmou que, por muito tempo, as regiões Sul e Sudeste concentraram os investimentos no Brasil, o que fez do Nordeste uma “região atrasada”. Ele atribuiu a mudança e o desenvolvimento nos últimos anos aos governos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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“Os recursos e o desenvolvimento foram sempre no caminho do Sul e do Sudeste, criando um ambiente muito mais favorável para o crescimento. O Nordeste foi ficando para trás. Uma região atrasada, onde os índices de analfabetismo eram os maiores do país, onde os índices de alimentação e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) eram os piores do país”, apontou o ministro.
“Basta investir, basta dar as condições que o povo nordestino consegue fazer essa superação. Espero que a gente consiga fazer com que as políticas públicas destinadas ao Nordeste não parem e não tenham solução de continuidade a depender do governo de plantão. Precisamos ter políticas de Estado, implementadas de forma permanente”, acrescentou.
O titular citou como exemplo de investimentos importantes no Nordeste, que geram resultados atualmente, como a Hemobrás, que produz medicamentos em Pernambuco, e a Refinaria Abreu e Lima, no mesmo estado, assim como investimentos em andamento, recentes, como um data center do TikTok anunciado no Ceará.
“Isso é uma prova de que as coisas dão certo quando se tem essa decisão política”, frisou.
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Previdência movimenta a economia
Já sobre a importância de sua pasta, Queiroz afirmou que a Previdência é um dos pilares das políticas públicas brasileiras, junto com o Sistema Único de Saúde (SUS) e com as universidades públicas, e que ela é essencial para a economia brasileira, principalmente para o Nordeste.
“A pessoa que recebe joga esse benefício no mercadinho, na farmácia, no açougue, na costureira. A microeconomia é toda movimentada com esse dinheiro. 73% dos municípios brasileiros têm a Previdência Social como maior entrada de recursos”, frisou.
O evento, realizado na sede do Correio, debate o desenvolvimento do Nordeste, a inovação tecnológica na região, bem como a eficácia de políticas públicas voltadas justamente para incentivar a economia nordestina.
