Na mais recente pesquisa Atlas/Bloomberg, divulgada nesta quinta-feira (18/12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece a apenas um ou dois pontos percentuais da maioria absoluta em todos os cenários eleitorais testados para a disputa presidencial de 2026. Mantida essa vantagem, a possibilidade de vitória já no primeiro turno entra no radar dos analistas.
De acordo com o levantamento, Lula mantém um patamar estável próximo de 48% das intenções de voto, abrindo ampla vantagem sobre os principais nomes da oposição. Nos cenários em que enfrenta candidatos associados ao bolsonarismo, o presidente lidera com folga: são 19 pontos percentuais à frente de Michelle Bolsonaro e de Flávio Bolsonaro, além de 21 pontos sobre o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. O desempenho semelhante desses adversários, segundo a pesquisa, indica coesão do eleitorado identificado com o ex-presidente Jair Bolsonaro, mas ainda insuficiente para ameaçar a liderança petista.
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Um dos destaques do levantamento é o crescimento de Flávio Bolsonaro, que avançou 6,2 pontos percentuais em menos de 20 dias, desde a medição realizada em novembro, antes do anúncio da pré-candidatura. A movimentação, no entanto, ocorre sem impacto direto sobre Lula e acaba reduzindo o espaço eleitoral de outros nomes da direita, como Ronaldo Caiado, Ratinho Junior e Romeu Zema, que perdem intenções de voto nesse rearranjo.
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Nos cenários hipotéticos de segundo turno, Lula também aparece em vantagem contra todos os adversários testados. As margens variam de 4 a 25 pontos percentuais, dependendo do oponente. Enquanto Tarcísio de Freitas e Michelle Bolsonaro apresentam desempenho semelhante ao de Jair Bolsonaro em disputas anteriores contra o petista, Flávio Bolsonaro surge em posição mais frágil, com 41% contra 53% de Lula, uma diferença de 12 pontos.
Avaliação do governo
Apesar da vantagem nos cenários eleitorais, a pesquisa Atlas/Bloomberg mostra que a desaprovação ao governo Lula ainda supera a aprovação. Segundo o levantamento, 50,7% dos entrevistados desaprovam a gestão do presidente, enquanto 48,8% aprovam. A diferença está dentro da margem de erro, configurando empate técnico.
Na avaliação geral da administração, 48,9% classificam o governo como ruim ou péssimo, ante 46,5% que o consideram ótimo ou bom. Outros 6% avaliam a gestão como regular. Os dados indicam que, embora Lula mantenha força eleitoral, o humor do eleitorado em relação ao governo permanece dividido às vésperas do ciclo eleitoral de 2026.
A pesquisa feita pela Latam Pulse, uma iniciativa entre AtlasIntel e Bloomberg, ouviu 18.154 brasileiros entre 10 e segunda-feira, por meio da metodologia Atlas RDR, realizada pela internet. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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