Justiça

Rapper Oruam vira réu por tentativa de homicídio qualificado

O Ministério Público do Rio denunciou o músico e o amigo dele, Willyam Matheus Vianna, após os dois arremessarem pedras contra agentes da Polícia Civil do estado e tentarem impedir a apreensão de um menor procurado pela corporação

MC já respondia por lesão corporal, tentativa de lesão corporal, resistência com violência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público -  (crédito: Reprodução: Redes Sociais)
MC já respondia por lesão corporal, tentativa de lesão corporal, resistência com violência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público - (crédito: Reprodução: Redes Sociais)

A Justiça do Rio de Janeiro acatou a denúncia do Ministério Público do Estado (MP-RJ) e tornou réu, nesta quarta-feira (30/7), o rapper Mauro Davi Nepomuceno — o Oruam — por tentativa de homicídio qualificado, após o artista atirar pedras de até 4,85 kg contra policiais civis e uma viatura descaracterizada da corporação. Além de Oruam, o MPRJ denunciou pelo mesmo crime o amigo do músico, Willyam Matheus Vianna.

O MC já respondia por lesão corporal, tentativa de lesão corporal, resistência com violência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público. O órgão informou que os crimes praticados foram apresentados em duas ações penais, ajuizadas por duas promotorias.

“A 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial da Área Zona Sul e Barra da Tijuca ofereceu denúncia contra Oruam e Willyam Matheus Vianna, no inquérito referente à tentativa de homicídio; já a Promotoria de Justiça junto à 27ª Vara Criminal da Capital apresentou denúncia, em outro inquérito que trata dos crimes de lesão corporal, tentativa de lesão corporal, resistência com violência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público. Nesta segunda ação respondem Oruam, Willyam e outros dois denunciados: Pablo Ricardo de Paula Silva de Morais e Victor Hugo Vieira dos Santos”, afirmou o MP carioca.

Segundo a perícia, sete pedras foram lançadas por Oruam e seus amigos, com pesos que variavam de 130 gramas a 4,85 kg. A denúncia ainda apontou que os objetos foram arremessados de uma altura maior que 4 metros e que houve repetição de conduta, “mesmo diante da potencial letalidade das agressões”.

O caso

No dia 21 de julho, agentes da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) foram até a casa de Oruam para cumprir um mandado de busca e apreensão contra um menor de idade, abrigado na residência do artista. A investigação diz que o jovem, de 17 anos, foi flagrado saindo do local, acompanhado de um grupo de pessoas e, diante da abordagem, os denunciados pelo MPRJ agiram para impedir a ação policial com ofensas verbais, ameaças de morte e agressões físicas.

Um agente foi atingido por pedras nas costas e no tornozelo. Ferido, o policial precisou buscar ajuda médica. Um delegado da PCERJ que também foi atacado conseguiu se esconder atrás da viatura.

O MPRJ destacou ainda que, durante a confusão, o artista se vangloriou por ser filho de Marcinho VP, líder da facção criminosa Comando Vermelho, numa suposta tentativa de intimidação.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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postado em 30/07/2025 17:57 / atualizado em 30/07/2025 17:58
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