CAOS NO RJ

Rio de Janeiro "não pode ficar refém de grupos criminosos", ressalta Eduardo Paes

Em meio à uma megaoperação policial, o prefeito da capital carioca se colocou à disposição das forças de segurança estaduais e disse que o papel da prefeitura é dar suporte e apoio

Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ) explica por que determinou que os órgãos públicos funcionem normalmente em meio à megaoperação policial -  (crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil)
Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ) explica por que determinou que os órgãos públicos funcionem normalmente em meio à megaoperação policial - (crédito: Tomaz Silva/Agência Brasil)

O prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD-RJ), afirmou, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (28/10), que a cidade “não pode ficar refém de grupos criminosos”, classificando isso como “inaceitável”. A fala se dá em meio à uma megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha, que contabilizou mais de 60 mortos até o momento.

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“A prefeitura vai seguir aqui no seu papel que é buscar com que a cidade caminhe o máximo de normalidade possível, dentro de um cenário que obviamente é difícil, mas fazendo valer a lei, a autoridade e o comando claro para que as coisas possam avançar. Não dá para a gente ficar se acuando diante de ameaças de grupelhos de marginais”, disse o prefeito.

Como forma de um enfrentamento simbólico, Paes determinou que todos os órgãos municipais permanecessem funcionando até o fim do expediente. Ele destacou, porém, o impacto direto no transporte público, alvo recorrente de retaliações criminosas, e reconheceu que motoristas e empresas de ônibus temem colocar seus veículos nas ruas, para evitar incêndios e danos.

Segundo Paes, a prefeitura está “trabalhando intensamente” para resolver essa situação, colocando o próprio governador Cláudio Castro (PL-RJ) “para conversar com as empresas para que eles retornem os ônibus às ruas”.

O prefeito afirmou, ainda, que a responsabilidade primária pelas ações de segurança são das forças de segurança pública estaduais — polícias Militar e Civil —, e que o papel da prefeitura é de suporte e apoio.

“Nós não podemos aceitar que esses grupos criminosos, enfim, tomem conta da cidade assim. Já é inaceitável a gente ver parte do território dominado. Agora, ver a cidade inteira paralisada por isso não vai acontecer. A prefeitura vai continuar trabalhando. Infelizmente, a gente sabe que o desenvolvimento das ações de segurança é de responsabilidade das forças de segurança estaduais. Nós estamos aqui para dar todo o apoio”, destacou Paes.

*Estagiário sob a supervisão de Ana Raquel Lelles

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postado em 28/10/2025 17:45 / atualizado em 28/10/2025 17:49
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