
A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (16/12), uma ação contra tráfico internacional de brasileiros, vítimas de exploração de trabalho e cooptadas para prática de crimes cibernéticos. Segundo a investigação, os cidadãos foram aliciados por uma empresa de jogos esportivos, conhecidas como BETs, que opera duas plataformas em território nacional.
A Operação Dark Bet começou a partir da prisão de 109 pessoas na Nigéria, cinco delas brasileiras, acusadas de crimes cibernéticos. A ação revelou um esquema de aliciamento de vítimas, atraídas por meio de redes sociais e plataformas digitais, com “promessas de altos salários e oportunidades de trabalho em empresas do setor de jogos on-line”.
As vítimas então viajavam para o exterior, onde, segundo a investigação, eram submetidas a “jornadas exaustivas, retenção de documentos, restrição de liberdade, vigilância armada e imposição de dívidas”. A investigação apura os crimes de tráfico internacional de pessoas para fins de exploração laboral, redução à condição análoga à de escravo, organização criminosa e outros delitos.
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A PF informou que cumpre 11 mandados de busca e apreensão nos estados de Santa Catarina, Ceará, Maranhão, Paraná, e São Paulo, além de quatro prisões temporárias a pedido da Justiça Federal. Segundo a Polícia, também devem ser efetivadas ações de bloqueio e sequestro de bens que somam mais de R$ 446 milhões.
A Justiça Federal determinou suspensão das atividades das empresas envolvidas e derrubada de duas plataformas de BETs.

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