
A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira (16/12), a segunda fase da Operação Unha e Carne, com o objetivo de aprofundar a investigação sobre o vazamento de informações sigilosas que teriam ajudado a obstruir apurações criminais em andamento. A ação resultou na prisão do desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), e no cumprimento de mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Espírito Santo.
As informações são do g1. O portal apurou também que Macário foi o magistrado que, em setembro, expediu o mandado de prisão do então deputado TH Joias na Operação Zargun.
A segunda fase da operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), cumpre um mandado de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas no âmbito de investigação aberta pela Corte como desdobramento do julgamento da ADPF 635/RJ, conhecida como ADPF das Favelas, que determinou a apuração de conexões entre grupos criminosos violentos e agentes públicos no estado do Rio de Janeiro.
Ligações com a Operação Zargun e a primeira fase
A investigação apura se agentes públicos vazaram dados reservados da Operação Zargun, deflagrada em setembro, que culminou na prisão de figuras associadas ao Comando Vermelho e em desdobramentos contra políticos e operadores. Segundo a PF, essas informações sigilosas teriam facilitado a obstrução de atos da Justiça e ajudado investigados a se protegerem de medidas coercitivas.
Na primeira fase da Unha e Carne, deflagrada em 3 de dezembro, a PF cumpriu mandados que incluíram prisão preventiva e busca e apreensão contra agentes suspeitos de repassar informações sigilosas da Zargun para terceiros. Na ocasião, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), chegou a ser detido pela PF, mas teve a prisão revogada pelo plenário da Casa Legislativa poucos dias depois.
Nesta terça, o alvo principal foi o desembargador federal Macário Ramos Júdice Neto, preso no Rio de Janeiro por ordem do STF. Júdice Neto, relator de processos relacionados à Operação Zargun no TRF-2, foi detido em sua residência na Barra da Tijuca. A PF investiga se ele teria participado ou facilitado o vazamento de dados protegidos que impediam o avanço de investigações.
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Além da prisão, equipes federais vasculharam endereços ligados a outros investigados, levantando documentos eletrônicos e materiais que serão analisados como parte das apurações. As buscas ocorrem simultaneamente no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, onde alguns envolvidos podem ter ligações com os fatos sob investigação.
A reportgem do Correio procurou a defesa do desembargador, porém, não obteve retorno. O espaço segue aberto. O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) também foi procurado, mas não se posicionou até a última atualização desta matéria.
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