Segurança pública

Pedidos de registros de armas caem 80%, anuncia PF

PF contabiliza 1.022.021 certificados de registros para colecionadores, atiradores desportivos ou caçadores no país; 30% não possuem armas registradas

O delegado Fabrício Kerber, diretor de polícia administrativa da Polícia Federal (PF), anunciou nesta segunda-feira (15/12), durante um café da manhã com jornalistas, uma queda de cerca de 80% no número de pedido de registros de armas no país, ao comparar o último triênio (2023 a 2025) com os três anos imediatamente anteriores (2020 a 2022). 

Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular

Entre 2020 e 2022, mais de 1 milhão de armas ingressaram na sociedade. Desse total, cerca de 700 mil foram registradas por Colecionadores, Atiradores Desportivos ou Caçadores (CACs) e, aproximadamente, 475 mil para defesa pessoal. No triênio mais recente, porém, o número total de registros caiu para aproximadamente 240 mil armas, sendo 160 mil de CACs e 80 mil para autodefesa.

Atualmente, a PF contabiliza 1.022.021 certificados de registros para colecionadores, atiradores desportivos ou caçadores no país, sendo que cerca de 30% desses usuários não possuem armas registradas, utilizando armamentos de clubes de tiro.

Essa redução, segundo Kerber, é o principal resultado após a PF ter assumido a atividade de controle e fiscalização dos CACs. A nova política de controle de armas evitou que mais de 750 mil armamentos ingressassem na sociedade no período recente, o que demonstra o impacto da fiscalização mais rigorosa.

“E hoje a gente tem deputados da chamada bancada da bala apresentando projetos de lei para mudar o Estatuto do Desarmamento, para tirar a competência do Exército e passar para a Polícia Federal, com receio de que, num próximo governo, isso possa voltar para o Exército. Eles não querem mais ser atendidos pelo Exército, porque o atendimento e a transparência superaram as expectativas”, comentou o delegado.

Fabrício Kerber afirmou, ainda, que esses mesmos parlamentares apresentaram um projeto de lei para que as taxas fossem para a PF, o que, de acordo com ele, não é algo comum nesse “relacionamento de fiscalização dos CACs”.

https://www.correiobraziliense.com.br/webstories/2025/04/7121170-canal-do-correio-braziliense-no-whatsapp.html

Mais Lidas