Educação

Sesi Lab lança programa para gerar oportunidades profissionais às jovens

As ações são patrocinadas pelo Instituto 3M e têm como objetivo incentivar meninas, jovens da periferia e pessoas com deficiência nas áreas da ciência e da tecnologia

Museu interativo Sesi Lab. Exposição tecnológica interativa -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Museu interativo Sesi Lab. Exposição tecnológica interativa - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O SESI Lab e o Instituto 3M uniram-se em prol de fomentar a iniciativa chamada “Diálogos: Diversidade, Equidade e Inclusão”, criada pelo museu. Juntas, as instituições colocarão em prática estratégias voltadas para as questões de gênero, raça e interseccionalidade por meio de ações e oportunidades para meninas e mulheres com interesse em carreiras científicas; jovens de comunidades periféricas com interesse em áreas de tecnologia e pessoas com deficiência.

O Instituto 3M, organização idealizada pela empresa de ciência e tecnologia 3M do Brasil, por meio da GlobalGiving, destinará mais de R$ 300 mil às ações do programa. De acordo com Liliane Moura, gerente do Instituto 3M & Sustentabilidade, a parceria com o museu é muito importante para a empresa, uma vez que as ideias de ciência aplicada à vida convergem.

“O Sesi Lab não é um museu que você olha e tem medo de tocar, pelo contrário, ele apresenta a ciência, a robótica e outros temas ligados à tecnologia, para crianças e jovens, de uma forma inovadora, participativa, com a mão na massa mesmo”, declara.

Um caminho ao mercado de trabalho

Cândia Oliveira, gerente de desenvolvimento institucional do Sesi Lab, explica que dentro da iniciativa há o Sesi Lab Delas, que visa engajar meninas na carreira científica, e que o projeto desse eixo já está em execução. “Nós estamos em fase de seleção de 30 meninas e cinco professoras de três escolas públicas e duas do Sesi, para uma formação com minicursos no museu. Ao longo do programa, elas serão desafiadas a propor e a implementar um projeto que gere impacto dentro de suas comunidades de origem”, conta.

De acordo com a gerente de desenvolvimento, a ideia é que, ao fim da formação, seja realizado um evento de encerramento para que as alunas apresentem as iniciativas às empresas presentes, na tentativa de identificar oportunidades no mercado de trabalho.

“A troca de experiências entre os profissionais das instituições parceiras sempre gera externalidades positivas. No caso dessa parceria entre Instituto 3M e Sesi Lab, pode ser transformador o esforço para a formação de meninas, mulheres e jovens de comunidades periféricas, não apenas do ponto de vista científico, mas também de planejamento de carreira e de abertura de oportunidades concretas de trabalho qualificado”, destaca Cândida.

Acolhimento de regiões periféricas

Um dos pontos trabalhados no programa é o diálogo do museu com territórios periféricos. Em parceria com a Central Única das Favelas do DF (CUFA), o Sesi Lab quer levar atividades educativas para apoiar a formação de jovens e a entrada deles nas carreiras de tecnologia.

A partir da identificação, junto à CUFA, das regiões administrativas periféricas, o museu organizará visitas bidirecionais, onde levarão alunos moradores das regiões ao museu e, ao mesmo tempo, organizarão atividades educativas dentro das regiões. “Nós faremos também ativações na Rodoviária do Plano Piloto, pois existe uma barreira simbólica para a população de baixa renda que não se identifica com o espaço e a ideia é quebrar essas barreiras, realizando atividades na rodoviária para chamar o público ao museu”, conta a gerente de desenvolvimento do Sesi Lab.

Acessibilidade

O terceiro projeto da parceria, que também já está em curso e utilizará os recursos do Instituto 3M, trata-se da ampliação de ferramentas de acessibilidade para o museu. Segundo Cândida, o SESI Lab tem se destacado nacionalmente pelas ações de acessibilidade para pessoas com deficiência, mas a ideia é que o museu se aprofunde ainda mais na iniciativa. “Queremos que o museu seja cada vez mais inclusivo seja do ponto de vista de gênero, social ou da deficiência”, declara Cândida.

“Há uma preocupação muito grande de gênero e raça, para as meninas, mas também há uma parte voltada à acessibilidade. A gente está cobrindo várias questões de diversidade e promovendo a equidade para um público que a gente chamaria de minoria em termos de representatividade, ainda”, aponta a gerente do Instituto 3M.

*Com a colaboração de Beatriz Mascarenhas, estagiária sob a supervisão de Márcia Machado

 

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postado em 29/03/2024 15:47 / atualizado em 28/04/2024 15:16
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