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Governo federal anuncia licitação para reformar Praça dos Três Poderes

Ministra da Cultura ressaltou que pedido de restauração foi do presidente Lula. GDF arcará com custos da obra

Pedras portuguesas deverão ser mantidas nas orientações para a reforma da Praça dos Três Poderes -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Pedras portuguesas deverão ser mantidas nas orientações para a reforma da Praça dos Três Poderes - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O governo federal apresentou, nesta segunda-feira (22/4), o edital para selecionar a empresa que elaborará o projeto com as diretrizes para a restauração da Praça dos Três Poderes. O fornecedor que vencer esse processo — para o qual estão reservados R$ 993 mil — deverá entregar seu plano até fevereiro de 2025. Essas orientações deverão ser seguidas pela companhia que realizará as obras e que será definida em outra concorrência pública, esta a cargo do Governo do Distrito Federal (GDF). Caberá ao Executivo regional, também, arcar com os custos de execução dos trabalhos desse segundo momento. O ponto que será renovado tem como vizinhos as sedes da Presidência da República, do Legislativo e do Judiciário e é um dos mais visitados por turistas.

“Nunca foi feito o restauro (da praça). Foi um pedido do presidente (Luiz Inácio) Lula (da Silva), que quer tratar a nossa capital federal como ela merece”, disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes, durante coletiva à imprensa em que anunciou o edital. Ela destacou que a reforma incluirá o conserto e melhorias no piso e na iluminação.

O presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Leandro Grass, que também participou do encontro com os jornalistas, comentou que os ato antidemocráticos cometidos em 8 de Janeiro de 2023 acentuaram os danos que a praça sofria.

“Claro que já havia uma série de problemas, mas o 8 de Janeiro agravou bastante, principalmente o piso. Os buracos foram criados com os criminosos que tiravam as pedras para jogar nos vidros (do Palácio do Planalto e da sede do Supremo Tribunal Federal). É uma resposta ao agravamento que o 8 de Janeiro provocou. É uma praça monumental, histórica, patrimônio mundial”, declarou Grass.

Exigências

Uma das condições do edital que as empresas que se interessarem em disputar o projeto para orientação da reforma deverão atender é a manutenção das pedras portuguesas em todo o chão do espaço. De acordo com o Iphan, elas chegaram a Brasília ainda durante a construção da cidade.

Outro item a ser contemplado tem a ver com a acessibilidade, de modo que pessoas com problemas visuais ou de locomoção, por exemplo, possam transitar pela praça. Além disso, a elaboração de um projeto de sinalização, no ambiente, para que visitantes de outros estados e países tenham melhor entendimento do lugar que estarão visitando, terá de ser apresentado.

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postado em 22/04/2024 17:44 / atualizado em 22/04/2024 17:54
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