O Núcleo de Audiência de Custódia do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (NAC/TJDFT) converteu, nesta quarta-feira (28/8), a prisão de Ian de Jesus Oliveira, 26 anos, em preventiva. Ele está sendo acusado pelo crime de feminicídio, por matar a ex-companheira, Daíra dos Santos Rodrigues, 22, no Itapoã, na manhã do último domingo (25/8).
De acordo com a decisão do NAC, existem fundamentos concretos para a manutenção da prisão de Ian, como a gravidade do fato, e que ela serve para garantir a ordem pública e prevenir a reiteração delitiva, além de assegurar o meio social e a credibilidade dada pela população ao Poder Judiciário.
A juíza responsável pela audiência, que não teve o nome revelado, classificou o crime praticado como “uma verdadeira tragédia”. Além disso, a magistrada ressaltou que “a sociedade não tolera a prática de delitos contra a vida”.
Para justificar a manutenção da prisão, a juíza também destacou que Ian de Jesus fugiu após matar Daíra. “Desse modo, sua soltura coloca em risco a ordem pública e aplicação da lei penal”, alertou. O processo foi encaminhado ao Tribunal do Júri do Paranoá.
O crime
Daíra dos Santos foi morta na manhã de domingo (25/8). Ao Correio, a delegada-chefe da 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), Iris Helena, afirmou que a motivação para o crime teria sido “ciúme doentio”. “Para consumar o crime, o autor foi até a casa da mãe da vítima, arrombou a porta, entrou no quarto da ex, trancou e a matou”, descreveu a delegada.
Informações passadas a policiais militares que atenderam a ocorrência dão conta de que a jovem chegou a ser socorrida por vizinhos ao Hospital Regional do Paranoá (HRP), mas não resistiu aos ferimentos e veio a óbito pouco após dar entrada na unidade hospitalar.
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