
O clima em frente à casa de Adriano de Jesus, assassinado nesta manhã (6/2) por seu vizinho, é de consternação e revolta. O motorista de transporte escolar foi atingido por quatro tiros após tentar defender o filho, Gabriel, em uma discussão com o vizinho, que se enfureceu por perder a vaga de um veículo onde costumava estacionar seu carro.
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Segundo vizinhos ouvidos pelo Correio, Adriano morava há cerca de vinte anos na quadra 408, onde ocorreu o crime. O clima de tranquilidade no bairro descrito como familiar era interrompido quando Francisco Evaldo de Moura, 50 anos, discutia com os demais moradores e com prestadores de serviço por conta de vagas de trânsito, barulho, contas de luz e de água. A vítima, inclusive, cogitava se mudar de casa devido às confusões do vizinho.
Conhecido como Moura, o suspeito, que segue foragido, não tinha permissão para portar armas, tampouco registro da arma utilizada no crime, conforme fontes ouvidas pelo Correio. "Era uma pessoa bastante fechada, de poucos amigos, tanto que não sabemos muitas informações sobre ele", conta uma pessoa, que preferiu não se identificar.
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Adriano, por outro lado, era querido no bairro. "A vida dele era dividida entre o trabalho e a igreja, onde tocava violão. Muito tranquilo, um grande amigo", conta Eraldo Martins, 52, que mora a poucos metros do local onde ocorreram os disparos. A vítima foi assassinada após levar quatro tiros, dois no pescoço e dois no tórax. "Morreu nos braços da esposa, já dentro de sua casa", conta Marcela Mendonça, 52, amiga de longa data de Adriano.