ENTREVISTA

"Fui pego de surpresa", diz homem que matou vizinho em Samambaia

O atirador se entregou à polícia nesta sexta-feira (7/2). A discussão aconteceu quinta-feira

Francisco Evaldo Moura -  (crédito: Tv Brasília/Reprodução)
Francisco Evaldo Moura - (crédito: Tv Brasília/Reprodução)

Em entrevista à TV Brasília, o homem que matou o vizinho em Samambaia, Francisco Evaldo Moura, disse que foi "pego de surpresa" pela violência usada pela vítima e seu filho na manhã de quinta-feira (6/2). "Eu queria ter resolvido tudo de forma pacífica, não teria sido assim", afirmou.

O atirador se entregou à polícia nesta sexta-feira (7/2). A briga ocorreu na quinta, na quadra 408 de Samambaia. Segundo Francisco, o motivo de ter atirado em Adriano foi um desentendimento sobre automóveis.

Imagens de câmeras de segurança mostram quando Francisco discute com Adriano de Jesus, de 50 anos, e com o filho dele, de 20. Os três caminham em direção à casa do atirador, até que ele tira uma arma da cintura e atira em direção ao pai e ao filho. Foram disparados ao menos seis tiros.

Veja a entrevista:

Segundo o suspeito, o carro de Adriano estava sujando o carro dele. "Quando eu vou pegar o meu carro para ir trabalhar, meu carro está sujo. Eu só queria pedir a ele [Adriano] que limpasse o meu carro, uma vez que foi o seu carro que sujou o meu carro", declarou à TV Brasília.

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"O que ocorreu foi uma provocação. Eu o aguardei para uma conversa [pacífica], eu inclusive dei a ele bom dia, mas não foi o que aconteceu", completou.

Assista à gravação da câmera de segurança:

Francisco acrescenta que foi "pego de surpresa" com o tom usado pelo vizinho. "Ele [o filho de Adriano] disse que eu estava com meus dias contados". Segundo o atirador, ele não disparou contra o filho de Adriano, apenas contra o pai. No entanto, a gravação da câmera de segurança revela que ele atirou também contra o rapaz.

A arma usada por ele para disparar contra o vizinho é regularizada. "A arma é do meu filho, que está morando comigo". No entanto, Francisco não autorização para portar arma de fogo, apenas o filho.

Questionado se acredita ser um homem violento, o suspeito riu. "Eu nem sai de casa", respondeu. Ele diz que se arrepende do modo como tudo aconteceu. "Eu tentei conversar de forma pacífica", reiterou.

Isabela Stanga
postado em 07/02/2025 13:07 / atualizado em 07/02/2025 14:53
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