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Pronto para ir a Santa Maria, Cappelli conta experiência no Sol Nascente

O presidente da ABDI cumpre uma promessa feita em janeiro deste ano de morar por uma semana em uma região administrativa para conhecer a realidade da população. A próxima parada será em Santa Maria, no próximo domingo (16)

Para o pré-candidato ao governo do DF, é preciso se aproximar da população -  (crédito:  Andrea Nalini/CB)
Para o pré-candidato ao governo do DF, é preciso se aproximar da população - (crédito: Andrea Nalini/CB)

O presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Ricardo Cappelli, comentou que mora no Distrito Federal há 22 anos e já se considera brasiliense, sentimento que se intensificou após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Com isso, decidiu morar por um tempo em uma Região Administrativa (RA) a cada mês. Ele já passou uma semana no Sol Nascente e o próximo destino será Santa Maria.

Com o objetivo de participar mais da vida política e social do DF, o presidente da ABDI dispensou sua residência no Sudoeste e o uso de motorista particular para morar durante uma semana em diferentes RAs, para conhecer a realidade das pessoas, como explicou em entrevista ao CB.Poder desta terça-feira (11/2) — uma parceria do Correio com a TV Brasília.

Cappelli contou que, no domingo (16), irá para Santa Maria na hora do almoço, e ficará lá até o domingo seguinte. Para o interventor federal da Segurança Pública após os atos golpistas de 2023, é preciso contemplar todas as cidades ao redor de Brasília ao falar do DF, para que aqueles que não residem no Plano Piloto se sintam incluídos.

Primeira experiência

“Uma das primeiras coisas que me marcou foi quando eu cheguei à Feira da Ceilândia e, conversando com três vendedoras de um box de jeans, eu perguntei a elas ‘onde vocês moram?’. Elas responderam: ‘na Ceilândia’. Eu falei: ‘sim, mas a Ceilândia fica onde?’ Elas falaram: ‘na Ceilândia’. Aí eu falei: 'então vocês não moram em Brasília?’ Elas falaram que não. ‘Nós estamos aqui contra a vontade deles, porque no projeto original, nós não estaríamos aqui'. Perguntei: 'mas então está onde a Ceilândia?’. Responderam: 'no Distrito Federal'”, contou Cappelli.

Assista à entrevista completa:

O entrevistado explicou aos jornalistas Carlos Alexandre de Souza e Ana Maria Campos que é preciso sentir na prática o que essas pessoas sentem. Morador do Sudoeste, ele comenta que a região possui plena infraestrutura para poder levar seu filho ao parque, com bebedouros, banheiro e quadras. Porém, quando foi ao Parque do Setor O — único da região que engloba Ceilândia, Sol Nascente e Pôr do Sol — a situação não era a mesma.

“Lá não tem banheiro, não tem uma bica, não tem um chuveiro, não tem um bebedouro, não tem uma quadra poliesportiva. Por que aqui tem tudo e lá não tem nada? Então, além da questão da identidade cultural, tem um fosso objetivo, e que as pessoas se identificam. Você vê isso claramente na qualidade dos serviços públicos, na qualidade dos equipamentos públicos. Então, essa minha estada lá no Sol Nascente e Pôr do Sol foi muito interessante”, relata.

*Estagiário sob a supervisão de Márcia Machado

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Iago Mac Cord*
postado em 12/02/2025 16:21 / atualizado em 12/02/2025 16:32
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