
Laíza Ribeiro*
O Comitê de Cultura do Distrito Federal iniciou um mapeamento importante para identificar agentes culturais que atuam nos territórios do DF. A ação busca entender por que muitos desses profissionais ainda estão distantes de mecanismos públicos de fomento. A partir desse diagnóstico, serão propostas soluções formativas, comunicacionais, tecnológicas e institucionais para ampliar o acesso à políticas públicas de cultura. A participação pode ser feita por meio do link: https://forms.gle/B4ubLiqkvJavQaQR8.
Segundo a coordenadora-geral do Comitê, Dayse Hansa, “a construção de uma base de dados concreta e participativa contribui para a formulação de políticas culturais mais inclusivas, acessíveis e conectadas às realidades locais, fortalecendo o direito à cultura como prática cotidiana e não como privilégio institucionalizado”.
O estudo pretende enfrentar barreiras e entender a ausência de registro no CEAC ou em outros sistemas públicos, dificuldades para compreender editais e linguagens técnicas, acessar plataformas digitais e exigências documentais. Entre os objetivos finais, está a ampliação da participação de agentes culturais em mecanismos públicos de fomento, como no Fundo de Apoio à Cultura (FAC/DF) e na Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).
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Outra meta é reduzir a desigualdade de acesso aos recursos públicos, democratizar o fomento cultural e propor editais mais inclusivos, acessíveis e que estejam conectados às realidades locais.
Realidade da cultura do DF
Dados indicam que, apesar de o DF ter um destaque nacional pela sua força de produção cultural, há uma distância considerável entre a quantidade de agentes culturais ativos e o número de pessoas cadastradas de forma efetiva ou que participam das políticas públicas de fomento. A pesquisa Panorama da Economia Criativa do DF (Fecomércio/DF e UCB, 2023) apontou 90 mil agentes atuando no setor, mas apenas 17.434 estavam formalmente registrados.
Na Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do DF (SECEC/DF), a lista mais recente, publicada em 12 de junho de 2025, mostra 4.283 inscrições válidas entre pessoas físicas e jurídicas.
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Estudos do Comitê de Cultura indicam que os editais mais importantes do Distrito Federal, como o FAC, a Lei Paulo Gustavo e o primeiro ciclo da Lei Aldir Blanc, movimentaram cerca de 600 e 2 mil inscrições por edital, mesmo nos períodos de maior divulgação.
Diante desse cenário, o mapeamento se apresenta como uma estratégia fundamental para identificar onde estão os milhares de agentes culturais fora dos cadastros oficiais e por que não têm acessado os editais e políticas públicas.
Para participar, preencha o formulário disponível através deste link: https://forms.gle/B4ubLiqkvJavQaQR8.
Redes sociais: @comitecultura_df
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