LAZER

Tango no Eixo e Cure-se Bem mobilizam brasilienses no Eixão

Terapias integrativas, apresentações artísticas e tango marcaram o domingo ensolarado. Enquanto os shows entretiam o público, ocorreram atendimentos de massagem, ioga, tai chi chuan, acupuntura, reiki e psicologia, entre outros

Equipe do projeto Cure-se Bem com o guitarrista Kiko Peres e banda -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Equipe do projeto Cure-se Bem com o guitarrista Kiko Peres e banda - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O Eixão do Lazer se transformou, neste domingo (17/08), em um palco de música, bem-estar e inclusão social. Os eventos Tango no Eixo e Cure-se Bem mobilizaram brasilienses para curtir o domingo ensolarado ao ar livre.

A 2ª edição do Cure-se Bem, promovida pelo Instituto Equilibraí, em parceria com o Quadradinho do Eixo, reuniu apresentações musicais e dezenas de práticas integrativas gratuitas, das 9h às 17h.

Entre os destaques da programação, estiveram a Banda Baião de Dois, formada por jovens da Apae, e o grupo Nó Cego, composto por músicos cegos do CEEDV, além de nomes como Kiko Peres & André Negão, Soul do Quadrado e a Travelling Soul Blues Band.

Enquanto a música embalava os presentes, profissionais de saúde e terapeutas ofereciam atendimentos como massagens, ioga, tai chi chuan, acupuntura, reiki, aromaterapia, ventosaterapia, psicologia, nutrição, constelação familiar, limpeza de pele, corte de cabelo e outras práticas voltadas ao cuidado físico, mental e emocional.

Demanda 

Somente no período da manhã, cerca de 200 pessoas já haviam sido atendidas pelas terapias, número que superou as expectativas da organização, que previa cerca de 300 atendimentos ao longo de todo o dia. "Na verdade, o evento todo é gratuito. Não tivemos nenhum recurso, a não ser os parceiros. Estamos em busca de patrocínios para que ele se renove", destacou Fernanda Garcia Augusto, 47 anos, idealizadora do projeto e fundadora do Instituto Equilibraí.

A chef de cozinha Samara Silva Doria, 40, foi ao evento pela primeira vez com o cachorrinho e contou que o convite veio de uma amiga."O que mais me atraiu foram as terapias e a massagem, pois estava precisando relaxar." Já a advogada Thalita Blime, 42, moradora da Asa Norte, também aproveitou a segunda edição do evento. "Vim pela acupuntura. Aqui é muito gostoso para passar a tarde ouvindo uma música, comendo alguma coisa."

O mestre e doutor em psicologia, Cadu Klier, que faz parte da equipe do evento, adiantou que está em andamento a elaboração de uma pesquisa para mensurar os resultados do projeto a longo prazo. "Estamos desenvolvendo o escopo de uma pesquisa para avaliar o impacto longitudinal das terapias integrativas e do evento Cure-se. Estamos desenhando o projeto para a futura submissão ao comitê de ética e, aí sim, podermos fazer a pesquisa longitudinal".

No embalo do tango

O projeto Tango no Eixo, que ocorreu das 10h às 13h, no Posto BR Rainha dos Anjos, na 214 Norte foi outro destaque. A iniciativa, gratuita e aberta ao público, ocorre sempre no terceiro domingo de cada mês e busca aproximar a comunidade da tradição argentina.

A programação inclui prática de dança com professores especializados e ensaio aberto de uma orquestra de tango. O público pode participar ativamente ou apenas apreciar a apresentação musical.

De acordo com os organizadores, Claudia Lima e Javier Ruax, a proposta é criar um espaço de convivência e lazer em plena via central da cidade. "Como é feito aqui no Eixão do Lazer, é um convite aberto para todo o mundo, para a sociedade. Quem está caminhando pode vir assistir também, até porque nós somos um dos únicos que têm música ao vivo", destaca Claudia Lima.

O militar aposentado José Silva, 55, esteve no evento pela quinta vez. Para ele, é um lugar muito diverso, possibilita que as pessoas interajam e a dança é relaxante. "O tango me dá estabilidade mentalmente. É muito gostoso e insere muita firmeza na postura da gente", conta.

A aposentada Elisabeth Yoke, 62, dança há cerca de 15 anos e criou uma comunidade de tango. Sempre que têm eventos como o Tango no Eixo, eles compartilham um com o outro. "Eu estou recém-operada do pé e vim aqui fazer o teste para voltar para a dança", relata. "Com a dança, você esquece das dores. É uma terapia e eu amo dançar", completa.

Moradora de Belo Horizonte, a assistente social Elma Lopes, 59, visitou o Tango no Eixo pela primeira vez. Ela pesquisou lugares que tinham dança em Brasília e foi lá, mas, mesmo sem conhecer ninguém, sentiu-se muito acolhida. "Minha vontade é de levar o Tango no Eixo para Belo Horizonte, porque realmente é uma coisa viva, que acelera o coração da gente", diz.

 

  • Samara Doria e sua cadelinha curtem o domingo de sol
    Samara Doria e sua cadelinha curtem o domingo de sol Foto: Minervino Júnior/CB/D.A.Press
  • Evento Tango no Eixo mobilizou brasilienses no Eixão
    Evento Tango no Eixo mobilizou brasilienses no Eixão Foto: Giovanna Kunz
  • Google Discover Icon
postado em 17/08/2025 21:42 / atualizado em 18/08/2025 14:52
x