CB.PODER

Reitora da UnB fala sobre volta às aulas e projetos de preservação do Cerrado

Em entrevista ao CB.Poder, Rozana Naves comenta sobre a volta às aulas e a manutenção das atividades mesmo em meio à greve dos servidores técnico-administravos, que se uniram à paralisão nacional

A reitora enfatizou que a universidade vai sediar o Instituto Nacional do Cerrado, projeto que vem sendo realizado desde 2023, sob a liderança da Universidade de Goiás -  (crédito: CARLOS VIEIRA)
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A reitora enfatizou que a universidade vai sediar o Instituto Nacional do Cerrado, projeto que vem sendo realizado desde 2023, sob a liderança da Universidade de Goiás - (crédito: CARLOS VIEIRA)

Por Laíza Ribeiro*

A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Rozana Naves, comentou sobre a volta às aulas na universidade durante o CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília — desta segunda-feira (18/8). Às jornalistas Ana Maria Campos e Mariana Niederauer, ela também comentou sobre a preservação do Cerrado e a greve dos servidores técnicos da instituição. 

Rozana disse que o novo evento de acolhida de calouros, a “Feira de Oportunidades — Vem pra UnB”, contará com várias palestras, exposições e atividades esportivas. “O objetivo é aproximar a universidade nesse momento de abertura de semestre à comunidade, incentivando novos ingressos”, enfatizou. A feira ocorrerá em 27, 28 e 29  de agosto, do período da manhã até a noite. 

Naves também falou sobre a greve dos servidores técnico-administrativos, que aderiram ao movimento nacional da categoria há cinco meses. A principal reivindicação é a continuidade do pagamento da Unidade de Referência de Preços (URP). “Trata-se de uma ação que transitou em julgado no STF e tem impacto nos próximos reajustes da carreira. Estamos fazendo várias ações junto ao próprio STF, estamos dialogando também com o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) e o Ministério da Educação, e temos a expectativa de uma construção viável e com menor impacto financeiro”, disse. 

A reitora enfatizou que a universidade vai sediar o comitê que articula o Instituto Nacional do Cerrado, projeto que vem sendo realizado desde 2023, sob a liderança da Universidade de Goiás. A iniciativa conta com mais de 24 instituições de ensino superior envolvidas. “O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro e um dos que mais estão sofrendo devastação, por isso a proteção desse bioma e dos povos originários é tão importante”, ressaltou.

Outro assunto abordado foi a COP-30. Rozana afirmou que o evento, que será sediado pelo Brasil, é um grande impulso para a criação do instituto. “Sabemos o quanto o Cerrado é importante para a manutenção de outros ecossistemas. Esse bioma é o berço das águas nacionais e tem uma forte articulação com a bacia amazônica. Essa relação entre Cerrado e Amazônia, movimentada a partir da COP, com certeza fará crescer o desejo institucional e o potencial político de institucionalização dessa entidade”, completou.

Assista à entrevista completa: 



Estagiária sob supervisão de Márcia Machado

 

postado em 18/08/2025 17:48 / atualizado em 18/08/2025 20:29