Até domingo (10/8), o Distrito Federal será palco do Sesc FestClown 2025, o maior festival de palhaçaria da América Latina. São mais de 30 atrações gratuitas espalhadas por oito regiões administrativas, em uma programação pensada para democratizar o acesso à cultura e dar mais visibilidade a artistas circenses e da palhaçaria do mundo inteiro. O evento contará com apresentações tanto em palcos de rua quanto em teatros do Sesc no Setor Comercial Sul, no Gama, em Taguatinga e em Ceilândia.
Ao longo do fim de semana, o público poderá vivenciar a diversidade do universo circense com apresentações gratuitas de grupos nacionais e internacionais. O festival também estende sua programação a hospitais e instituições sociais. Ontem, cerca de 40 grupos tomaram conta do Setor Comercial Sul, no cortejo de lançamento oficial da edição 2025 do FestClown. Com pernas de pau, malabares, monociclos e muita alegria, o desfile partiu da unidade Sesc Presidente Dutra, rumo à Praça do Povo.
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A brasiliense Kika de Moraes é uma das artistas que está participando do evento, com a Excêntrica Família Firula, companhia que ela criou com o marido. "Viemos de famílias de artistas. A família do Lucas é multi-instrumentista e a minha também leva uma veia artística forte", comentou. "Quando a gente se juntou, nos casamos e tivemos a Julieta, que é a nossa filha e a base para, de fato, a gente criar a Excêntrica Família Firula, porque era parte das brincadeiras e das firulas que a gente fazia com ela, desde bebê", ressaltou.
Ela contou que a companhia estreou no picadeiro em 2016, com o espetáculo que leva o nome do grupo. "A primeira apresentação da Excêntrica Família Firula no FestClown foi em 2016. Essa vai ser a quarta vez que vamos participar do festival. Nesta edição, fomos contemplados com mais tempo no festival, oferecendo oficinas, por exemplo", explicou. "Para nós, o FestClown consegue abraçar, de uma vez só, todo e qualquer artista circense", acrescentou Kika.
Nas alturas
Também vai ter muita palhaçada na Asa Norte. Enquanto a população aguarda a inauguração do futuro Centro Cultural do Sesc-DF, que vai ocupar um prédio inteiro da instituição na 512 Norte, o Festclown antecipa o que vem por aí: um circo será montado no gramado em frente ao novo espaço, recebendo apresentações memoráveis, inclusive de artistas circenses internacionais.
Uma das apresentações previstas é o balé nas alturas, da Cia Base, de São Paulo. Diretor de movimento e artístico do grupo, Cristiano Cimino disse que esta será a primeira vez que a companhia realiza um espetáculo em Brasília. "Para nós, é uma honra fazer parte da inauguração de um prédio que estava abandonado e vai se transformar num grande polo cultural", comentou. "No espetáculo, as bailarinas flutuam, dançam e criam coreografias inesperadas, valorizando o artístico e reinventando o espaço vertical prédio", explicou Cimino.
Visitas a hospitais
Se o objetivo é levar alegria para todos os cantos, não haverá barreiras para o Festclown 2025. Durante a semana, os grupos Risadinha e Roda de Palhaço vão levar bons momentos a pacientes do Hospital da Criança de Brasília, Hospital Materno Infantil de Brasília, Hospital Regional da Asa Norte, Hospital Regional do Paranoá, Hospital Regional do Gama e Hospital Regional do Guará.
Guilherme Carvalho, mais conhecido como o palhaço Pipino, faz parte do grupo Risadinhas. Ele comentou que a companhia trabalha com palhaços visitadores nas alas dos hospitais, tanto pediátricos quanto adultos, atendendo não só os pacientes e seus acompanhantes, mas as pessoas que estão trabalhando, desde os médicos até a equipe de limpeza do hospital.
Segundo ele, os adultos que acompanham as crianças precisam tanto ou, às vezes, até mais de um momento de descontração, principalmente por causa do conhecimento sobre a condição do paciente. "A visita representa um contraste positivo com o ambiente hospitalar, trazendo alegria, leveza e um respiro para o cotidiano", avaliou. "É notável a transformação nos semblantes das pessoas, tanto dos pacientes quanto dos acompanhantes, desde o momento da nossa chegada até o término das visitas", acrescentou.
Pipino disse que, para a palhaçaria, essa experiência é profundamente gratificante. "Percebemos a importância de levar a arte e o contato humano a esses ambientes, onde a presença de alegria e esperança é tão necessária", argumentou. Sobre o FestClown, ele afirmou ser um privilégio ter contato com grandes mestres da palhaçaria. "Conseguimos colocar Brasília como um grande polo da palhaçaria, a ponto de pessoas virem de fora do país para o festival", elogiou.
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