
O “abrigo” temporário de cães em Planaltina alvo de uma operação da Polícia Civil (PCDF) se intitulava como hotel para cachorros e oferecia uma gama de serviços aos animais. Mas a hospitalidade travestida de luxo era, na verdade, um abatedouro. Na manhã desta quinta-feira (4/9), policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA) encontraram 10 cães mortos em diferentes estágios de decomposição e dois sobreviventes em estado de desnutrição.
Nas redes sociais, o “lar temporário” tinha por nome “Recanto Pet Hotel” e, entre os serviços oferecidos, tinha táxi dog e passeadores. Segundo as investigações, a mensalidade custava R$ 600. No entanto, o dinheiro não era investido na manutenção e bem-estar dos animais.
Investigação
As apurações da polícia começaram após o recebimento de uma denúncia. O informante relatou a morte de animais resgatados e mantidos no abrigo. Segundo o delegado-chefe da DRCA, Jônatas Silva, os tutores passaram a desconfiar do serviço depois de solicitar imagens e vídeos dos cães e não serem correspondidos.
Equipes da DRCA deslocaram-se até a Quadra 60 da cidade, onde encontraram um cenário de horror: cerca de 10 cães mortos e dois sobreviventes em estado de extrema desnutrição.
Segundo testemunhas, o responsável pelo local teria utilizado produto químico para acelerar a decomposição das carcaças e reduzir o odor que incomodava os vizinhos.
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Os animais estavam confinados em baias, todos apresentando sinais de morte por inanição, e um deles preso entre as grades em tentativa de fuga.
O responsável pelo abrigo, de 21 anos, foi preso em flagrante e autuado, por enquanto, por sete crimes de maus-tratos a cães (art. 32, §1º-A, Lei 9.605/98), sendo cinco com a pena aumentada pelo resultado morte, em concurso material (art. 69, CP).
Cidades DF
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