TRÁFICO DE DROGAS

Empresário é preso suspeito de usar bar como ponto de venda de drogas

A ação é fruto de um ano e meio de investigações ininterruptas, que permitiram comprovar a atuação estruturada do grupo

Robson Dutra, 40 anos, estava em prisão domiciliar -  (crédito: Divulgação)
Robson Dutra, 40 anos, estava em prisão domiciliar - (crédito: Divulgação)

A 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (11/9), a Operação Dark Wing para desarticular uma associação criminosa que utilizava distribuidoras de bebidas na Cidade Estrutural como fachada para o tráfico de drogas. Três pessoas foram presas, incluindo o dono do estabelecimento. 

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A ação é fruto de um ano e meio de investigações ininterruptas, que permitiram comprovar a atuação estruturada do grupo. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão — dois em residências e um em uma distribuidora — além de dois mandados de sequestro de veículos usados no transporte e na difusão de entorpecentes. Durante a operação, os policiais apreenderam dinheiro, cocaína e haxixe.

Alvos da operação Dark Wing

A investigação teve como foco dois homens, de 27 e 40 anos, ambos com passagens pela polícia. O mais velho, identificado como Robson Dutra, é dono da distribuidora Revoada Bar e já foi condenado por roubo, receptação, porte ilegal de arma, tráfico de drogas e crimes ambientais. Atualmente cumpre medidas em regime domiciliar. O mais jovem encontra-se recolhido em unidade prisional, com condenações por tráfico e processos em andamento por receptação, furto e posse irregular de arma de fogo.

Além de Robson, a companheira dele também foi presa, bem como um comparsa. Segundo a PCDF, a mulher participava ativamente do esquema, cuidando do armazenamento, transporte e comercialização das drogas.

Lavagem de dinheiro

Segundo o delegado-adjunto da 8ª DP, Rafael Catunda, o grupo utilizava distribuidoras da região para disfarçar a venda de entorpecentes por meio da comercialização regular de bebidas e outras mercadorias, prática que também configura o crime de lavagem de dinheiro.

Os envolvidos responderão por tráfico de drogas, associação para o tráfico, posse de arma de fogo de uso restrito e lavagem de dinheiro. As penas, somadas, podem ultrapassar 20 anos de prisão.

“A operação tem como objetivo coibir o uso ilícito de estabelecimentos na Estrutural, sem afetar o comércio legítimo e as atividades de lazer da comunidade. Nosso compromisso é com a segurança da população e com a preservação do comércio honesto, que não pode ser confundido com práticas criminosas”, reforçou o delegado.

O Correio tenta contato com a defesa dos presos. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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postado em 11/09/2025 07:27 / atualizado em 11/09/2025 07:30
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