
Por meio de embargos de declaração, o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recorreu da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que anulou a condenação de Adriana Vilella.
A arquiteta respondeu — e foi condenada — à acusação de ser a mandante da morte dos pais e da empregada da fanília, em 28 de agosto de 2009. Mas no dia 2 de setembro, por 3 votos a 2, a Sexta Turma do STJ decidiu anular a condenação de Adriana Villela. Ao longo do curso do processo, a defesa de Adriana alegou uma série de erros processuais e afirmou que só teve acesso a mídias referentes ao caso no sétimo dia do julgamento.
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Agora, o MPDFT solicita a reavaliação da decisão do STJ para que Adriana Villela cumpra a pena. Já no dia da decisão do STJ, o representante do MPDFT anunciou que o recurso seria protocolado e explicou as razões. (veja o vídeo abaixo)
Ao Correio, a defesa de Adriana Villela, afirmou que 'o recurso do Ministério Público do Distrito Federal, representa mais um triste episódio de distorção da verdade e desrespeito com o processo e com o Poder Judiciário'. "A defesa lutou por anos para ter acesso aos mencionados vídeos, criminosamente escondidos pela polícia e que o MP misteriosamente trouxe para o júri", afirma a nota do advogado Kakay.
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No dia da anulação da condenação, Kakay concedeu entrevista e disse que a justiça havia sido feita e argumentou que o processo foi acometido por uma série de erros e "não existe nada que possa levar Adriana à cena do crime".
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O crime
Ocorrido em 28 de agosto de 2009, o Crime da 113 Sul chocou a capital. Nesse dia, José Guilherme Villela, ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral, foi morto com 38 facadas. Sua esposa e mãe de Adriana Villela, Maria Carvalho Mendes Villela, foi esfaqueada 12 vezes. A empregada doméstica da família também estava no apartamento e foi morta com 23 facadas.
Nota da defesa de Adriana Vilella sobre recurso do MPDFT
O recurso do Ministério Público do Distrito Federal, representa mais um triste episódio de distorção da verdade e desrespeito com o processo e com o Poder Judiciário.
A defesa lutou por anos para ter acesso aos mencionados vídeos, criminosamente escondidos pela polícia e que o MP misteriosamente trouxe para o júri.
O Superior Tribunal de Justiça reconheceu esse fato e acertadamente anulou o júri e parte do processo. A decisão foi técnica e precisa, colocando fim a um longo massacre contra Adriana e toda a família Villela.
É importante ressaltar que Adriana Vilella hoje sequer está pronunciada. Em razão da anulação, a instrução terá que ser refeita. A defesa acredita que Adriana Vilella não será submetida a novo júri. A decisão do STJ restabelece a Justiça e afasta o covarde e desumano ataque contra Adriana.
Com respeito ao devido processo legal, à ampla defesa e ao contraditório pleno, caso haja uma postura de lealdade por parte da Polícia Civil e do Ministério Público, será fácil desvendar a verdade e resgatar a dignidade que tentaram conspurcar em um processo teratológico e cruel.
Kakay
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