
O exame de toque retal ainda é visto com tabus no Distrito Federal. Segundo a pesquisa Tumores e mama e de próstata: a visão de homens e mulheres, divulgada na segunda-feira (29/9) pelo Coletivo Pink e a Pfizer, 8% dos homens do DF acreditam que o exame afeta a masculinidade ou sexualidade, 16% responderam que não sabem e outros 76% acham que não afeta.
O percentual de homens do DF que acreditam em tabus ou não sabem é maior do que a média nacional (6% e 10%, respectivamente). O Distrito Federal só fica atrás do Belém, onde 10% avaliam que o toque retal afetam a masculinidade e 16% não sabem.
O toque retal e o exame de sangue para quantificação do Antígeno Prostático Específico (PSA) são usados para detecção de câncer de próstata no estágio inicial. O ideal é que estes exames sejam feitos, mesmo sem a ausência dos sintomas, por homens a partir dos 45 anos, que tenham histórico da doença na família, ou por quem tem 50 anos, sem o fator de risco.
No exame de toque retal o médico avalia tamanho, forma e textura da próstata, introduzindo o dedo protegido por uma luva lubrificada no reto.
O câncer de próstata, na maioria dos casos, desenvolve de forma lenta e não chega a dar sinais no início. Em outros casos, pode crescer rapidamente, se espalhar para outros órgãos e causar a morte.
Ao Correio, Camilla Natal de Gaspari, líder médica de oncologia da Pfizer Brasil, frisa que as diretrizes médicas mais recentes no Brasil indicam benefícios na utilização conjunta dos exames de toque retal e de dosagem do PSA, principalmente quando o exame de sangue já indicou que o paciente apresenta níveis alterados dessa proteína.
"Vale dizer, ainda, que vários fatores podem interferir nos níveis de PSA, como uso de medicamentos, idade e infecções na próstata. Por isso, o uso associado dos dois exames proporciona mais elementos para a avaliação do médico. Quando há alterações nesses exames, o profissional pode solicitar uma biópsia, para confirmar ou descartar a presença do câncer de próstata. Também é importante considerar que o toque retal é um método acessível que pode ajudar a identificar outros problemas, como hemorroidas, por exemplo”, pontua a especialista.
“O mais importante é que o homem, mesmo sem sintomas e principalmente a partir dos 40 anos, procure o urologista para que seja realizada uma avaliação individual sobre os seus fatores de risco para o câncer de próstata, considerando a etnia do paciente, o histórico familiar e outros elementos que possam estar associados a esse tema. A partir dessa avaliação, paciente e médico têm a oportunidade de conversar melhor sobre os exames e opções de acompanhamento”, complementa a médica.
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Cidades DF
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