
Joaquim Damaceno Silva, 47 anos, conhecido como o serial killer de Planaltina, foi preso pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), por meio da Coordenação de Repressão a Homicídios e de Proteção à Pessoa (CHPP). Autor de pelo menos três homicídios, o ajudante de pedreiro e ex-dono de bar foi preso preventivamente, conforme determinação da Justiça.
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A investigação que culminou na captura do criminoso elucidou um homicídio brutal ocorrido em 2020 e revelou a participação dele em pelo menos outros dois assassinatos. A prisão ocorreu no âmbito da Operação Thanatos, que investigava a morte de Ray Ribeiro dos Santos, cujo corpo foi encontrado carbonizado em abril de 2020. O cúmplice de Joaquim na morte de Ray também foi preso, mas não teve a identidade divulgada para que não houvesse interferência em outras investigações.
O motivo torpe e a brutalidade do crime em questão chamou a atenção da polícia. Joaquim matou Ray, que era deficiente físico, por ele estar embriagado e atrapalhando o jogo de sinuca de seu amigo e cúmplice. O crime ocorreu no bar que era de propriedade de Joaquim. Ambos mataram a vítima a facadas e atearam fogo no corpo. Os autores foram indiciados por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e impossibilidade de resistência da vítima) e ocultação de cadáver.
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Durante a investigação, apurou-se que Joaquim foi o autor de outros dois homicídios. Um deles era um homem de 37 anos, cliente do bar de Joaquim e que foi morto movido por ciúmes. O criminoso alegou que o homem havia piscado para sua mulher e preparou uma emboscada para ele, alegando que iria levá-lo para casa pois estava bêbado. No trajeto, parou na região de mata conhecida por córrego do arrozal, dizendo que iria urinar. Quando a vítima estava de costas, desferiu diversos golpes de facão. Confrontado, Joaquim confessou o crime.
A polícia chegou ao encalço de Joaquim ao investigar o homicídio cometido por ele em 2020. "Ao analisar as provas produzidas, verificamos que o último lugar onde a vítima foi vista tinha sido no bar do Joaquim, que ficava em Planaltina. Percebemos que todas as testemunhas tinham muito medo dele. Por isso, pedimos a prisão temporária dele para facilitar as nossas investigações", disse o Delegado Maurício Iacozzilli, chefe do Serviço de Investigação de Desaparecidos da Coordenação de Repressão a Homicídios e Proteção à Pessoa (CHPP). "Estamos revisitando inquéritos de desaparecimentos e homicídios que estão em aberto e aconteceram na região onde ele atuava para ver se tem algum link com ele. Acreditamos que ele pode ser o autor de outros homicídios que ainda não foram elucidados", completou.
Outra vítima foi um vizinho de Joaquim, que tinha o costume de beber e andar nu em casa. Isso irritou Joaquim, que armou uma cilada para a vítima, convidando-o para beber em sua casa. Aproveitando-se de uma distração da vítima, Joaquim desferiu um golpe de podão no pescoço do homem, que chegou a correr pedindo socorro, mas morreu em uma cerca de arame farpado. Joaquim também confessou este crime.
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A PCDF solicita que qualquer pessoa que reconheça o autor e tenha informações sobre outros crimes que ele possa ter cometido entre em contato por meio do Canal de Denúncias 197. A ligação é gratuita, e o sigilo é absoluto.
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Mila Ferreira
RepórterJornalista graduada pelo IESB e pós-graduada em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global pela PUC-RS. Experiência como roteirista e assessora de comunicação pública e corporativa. Repórter na editoria de Cidades do Correio Braziliense

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