Homenagem

Vítimas de feminicídios são homenageadas com mudas de ipês

Ato ocorreu no Parque de Águas Claras como forma de protesto e luta contra o feminicídio

Homenagem às vítimas deste ano de feminicídio do Distrito Federal foi realizada Parque de Águas Claras neste sábado (29) -  (crédito: Jailson Sena/CB/D.A Press)
Homenagem às vítimas deste ano de feminicídio do Distrito Federal foi realizada Parque de Águas Claras neste sábado (29) - (crédito: Jailson Sena/CB/D.A Press)

Jailson Sena*, especial para o Correio Braziliense — Na manhã deste sábado (29/11), ocorreu uma homenagem às vítimas deste ano de feminicídio do Distrito Federal. Os nomes das mulheres mortas foram colocados em mudas de ipês no bosque do Parque de Águas Claras, por meio do projeto “Relembre Nossos Nomes – Bosque da Vida”, promovido pelo Instituto Viva Mulher com parceria de diversas instituições privadas e públicas.

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“Esse projeto surgiu há dois anos, já em fase do que a gente já realiza no Instituto Viva Mulher Direitos e Cidadania. Então nós sentimos a necessidade de que as histórias e as memórias dessas mulheres que se foram pelo feminicídio sejam lembradas”, conta a advogada e presidente do instituto, Lúcia Bessa.

Membros do instituto e alguns familiares das vítimas estiveram presentes no local e leram os nomes de cada vida perdida e os motivos que os assassinos alegaram por ter matado, além do modo como foram mortas. Entre os participantes estava Valéria Marinho Berquó, pedagoga com 61 anos e mãe de Thalita Berquó, 36 anos, assassinada a facadas e pedradas e que teve o corpo esquartejado depois de um possível desacordo sobre o pagamento de drogas. O crime ocorreu em janeiro deste ano.

“A vontade que eu tenho às vezes é de ficar aqui quieta, calada, porque é difícil (a dor da perda). (Antes) a gente até imaginava, mas é só quem passa mesmo que entende”, diz ela próxima da muda de ipê que representa a filha.

Ela ainda recordou que a filha sempre se comunicava com ela durante todo o dia. “Quando toca o barulhinho da mensagem, às vezes uma atrás da outra, eu acho que é ela, porque ela tinha costume de falar comigo assim. E a gente conversava de manhã, de tarde, de noite, de madrugada”, contou.

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postado em 29/11/2025 14:45
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