
O presidente da Central Única dos Trabalhadores do DF (CUT/DF), Rodrigo Rodrigues, foi o convidado do CB.Poder — parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília — desta terça-feira (30). Às jornalistas Mariana Niederauer e Sibele Negromonte, ele falou sobre as manifestações pelo veto do PL da dosimetria, sobre o uso da tecnologia no cenário trabalhista, as discussões da escala 6x1 e o fenômeno da “uberização” do trabalho.
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Rodrigues fez o convite a toda a população para participar do protesto que marca os três anos dos atos golpistas que aconteceram no dia 8 de janeiro de 2023. Segundo o presidente da CUT, a principal pauta da manifestação é o veto do PL da dosimetria. “Faremos o pedido ao presidente para que ele faça o veto e que o Congresso mantenha o veto do presidente da República.” O protesto terá início às 10h30 da manhã, em frente ao Palácio do Planalto, na via N1.
O presidente afirmou, ainda, que os sindicatos têm sido orientados a colocar nos acordos coletivos os limites de uso da Inteligência Artificial (IA) nas relações de trabalho, principalmente como forma de proteger os trabalhadores. “É importante que estejam, principalmente nas negociações coletivas, que os sindicatos possam fazer acordos e prevejam o uso da IA no trabalho”, diz Rodrigues.
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Sobre a escala 6x1, ele disse que a pauta ganhou maior visibilidade nos últimos anos, mas é discutida no movimento sindical há muito mais tempo. “Um exemplo disso são os trabalhadores da limpeza urbana, que trabalham, muitas vezes, de forma insalubre, debaixo de sol em uma jornada 6x1, com apenas um dia de folga. Em grande parte das vezes, a folga é usada para resolver a vida pessoal. No caso das mulheres é ainda pior. Constantemente, recai sobre ela a responsabilidade de cuidar da casa e dos filhos. Então, o que era o dia de descanso acaba virando um dia de trabalho doméstico.”
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Além de jornadas exaustivas, os trabalhadores vêm enfrentando o problema da chamada “uberização”, quando plataformas digitais conectam trabalhadores independentes de forma direta com o cliente. Esse modelo de trabalho promete flexibilidade, mas resulta, muitas vezes, em uma forma de trabalho precária.
“É um trabalhador que está ali precarizado, chegando a trabalhar 14 horas, 16 horas por dia. Eu costumo falar que é um trabalho intermitente em tempo integral, pois ele fica o dia inteiro à disposição da empresa para trabalhar por minutos e receber por esses minutos trabalhados." Rodrigues lembrou que a CUT/DF tem tentado organizar sindicatos para representar esses trabalhadores, para que a relação de trabalho seja estabelecida.
Assista à entrevista completa:
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