Dados do Censo 2022 mostram que mais de 50% da população residente em favelas e comunidades urbanas no Distrito Federal viviam em ruas sem pavimentação. Fora desses locais, a taxa é de apenas 1,9%. O recorde foi divulgado nesta sexta-feira (5/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa chama atenção para as diferenças na infraestrutura dos locais. Além de conviver com parte das vias sem pavimento, a população também lida com transtornos relativos à falta de escoamento de água. Segundo o IBGE, apenas 28,5% dos moradores de favelas e comunidades em Brasília vivem em ruas com bueiros ou bocas de lobo, estrutura descrita na pesquisa como “abertura que dá acesso a caixas subterrâneas por onde escoa a água proveniente de chuvas, regas etc”. Entre os moradores dos outros locais do DF, a taxa é de 64%.
Em relação à iluminação pública, mais de um quarto da população (26,9%) desses territórios viviam em locais sem pelo menos um ponto fixo de iluminação. Fora das comunidades, o número é de 4,6%.
No acesso à arborização, esse número também apresenta discrepância, embora seja superior à média nacional. Nas favelas e comunidades, o número de residente em áreas arborizadas é de 69,1%, índice é de 35,4% no Brasil. Já entre a população fora desses centros, o acesso a locais com árvores é de 85,6%, superior à média brasileira, de 69%.
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A região administrativa do Sol Nascente é a favela brasileira com maior índice de pessoas em espaços arborizados, com 70,7%.
Mobilidade
O levantamento também analisou as condições de transporte individuais e coletivos, além da acessibilidade nos espaços públicos. Apenas 6,6% dos moradores de favelas do DF e comunidades moram em vias com pontos de ônibus ou van, a média nacional é de 5,2%. O número também é baixo fora dessas regiões: 8% no DF, abaixo da média brasileira de 12,1%.
O acesso às calçadas também é limitado, apenas 52,8% responderam que residem em calçadas e trechos para circulação de pedestres. Os resultados mostram ainda que somente em 1,4% dos casos, essas calçadas não apresentavam obstáculos.
Fora dessas áreas, o número é de 96,3% entrevistados com acesso a calçadas. Em relação as vias sem obstáculos, o índice foi de 22,5%.
Os resultados mostram mais ausências de infraestrutura para pessoas com deficiência. Apenas 4,5% dos moradores de favelas e comunidades relataram vivem em trechos de vias com rampas para cadeirantes. Fora desses espaços, o percentual é de 32,5%.
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