
Antonia Fontenelle se pronunciou pela primeira vez sobre o processo movido pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), que a acusa de racismo e transfobia por conta de um vídeo em que a influenciadora se refere à parlamentar como “preta do cabelo duro”.
"Estão me acusando de cometer racismo, um crime muito sério. Eu desafio qualquer um a encontrar um histórico racista meu. Cuidado com o que vão achar: fui casada com dois homens negros. A maioria dos meus amigos, além de gays, também são negros. Eu valorizo as pessoas pelo que são, pelo caráter, não pela cor da pele", afirmou Fontenelle durante uma live transmitida pelo canal Tubacast, na segunda-feira (28).
A influenciadora alegou que utilizou a expressão “preta do cabelo duro” ao se basear em uma fala anterior da própria Erika Hilton durante uma sessão no Congresso Nacional. "Não fui eu quem inventou essa fala. Eu estava apenas reproduzindo um discurso dela durante a minha live, e disse: ‘Querida, você é preta, seu cabelo é duro’."
"E isso não diminui ninguém. [...] Ela foi eleita, operou o nariz, fez um nariz de branco que nem eu tenho. Só usa perucas loiras, lisas, típicas de mulher branca. Isso contradiz tudo aquilo que ela defendia quando assumiu o mandato, e ninguém parece perceber."
A deputada entrou com uma ação na Justiça de São Paulo no dia 19 de julho, após tomar conhecimento do vídeo em que Fontenelle lia uma reportagem sobre a votação dos partidos PT e PSOL contra o projeto de lei nº 1112/23, de autoria do deputado Alfredo Gaspar (União-AL). A proposta modifica a Lei de Execução Penal para que, em crimes hediondos ou equiparados, a progressão de regime só ocorra após o cumprimento de ao menos 80% da pena.
Mariana Morais
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