
A série Tremembé, lançada no último dia 31 no Amazon Prime Video, já fez história. A produção, que virou febre nas redes sociais, alcançou a melhor estreia nacional da plataforma desde sua chegada ao Brasil, em 2016. As informações são do colunista Gabriel Vaquer, da Folha de S.Paulo
Com números expressivos, embora não divulgados por razões estratégicas, a série ultrapassou o desempenho da até então campeã Cangaço Novo, tornando-se o título original mais assistido da história do streaming no país.
O impacto foi tão significativo que o marco foi comunicado internamente a atores, produtores e profissionais da área de conteúdo da divisão brasileira da Amazon. E não parou por aí: nos bastidores, fala-se em um crescimento acima de 50% na base de assinantes desde a estreia da série, marcando o maior salto de 2025 até agora.
Ambientada na famosa penitenciária de Tremembé, no interior paulista — conhecida por abrigar criminosos de grande notoriedade —, a série dramatiza, com liberdade artística, os bastidores da rotina de figuras como Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga, Daniel e Cristian Cravinhos, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá.
Criminosos ganharam dinheiro com a série?
A possível remuneração dos criminosos retratados na série também gerou debates. Em entrevista à Exame, Fernando Canutto, especialista em propriedade intelectual e sócio do Godke Advogados, explicou que não há previsão legal para o pagamento de direitos nesse tipo de obra, desde que os casos sejam considerados de domínio público.
“Como a série possui fins jornalísticos, assemelhando-se a um documentário, é incomum que produções como essa efetuem pagamento aos indivíduos envolvidos. São criminosos condenados, e, como mencionado, a história é de amplo conhecimento, sendo que, por norma, somente quem firma um contrato recebe remuneração”, explicou.
Do ponto de vista jurídico, a abordagem é legítima: a legislação brasileira não proíbe a criação de séries documentais sobre crimes notórios, desde que as informações retratadas estejam publicamente disponíveis e o conteúdo respeite os limites da liberdade de expressão.

Mariana Morais
Mariana Morais
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