O k-pop é um fenômeno de escala global com grupos conquistando o mercado fonográfico de forma exponencial. BLACKPINK é um dos maiores girlgroups do gênero da atualidade e uma representação de como o pop coreano pode ser popular nos quatro cantos do mundo. As meninas Lisa, Jennie, Rosé e Kim Ji-soo deram mais um passo nesta caminhada para o estrelato ao lançar nesta sexta (2/10) o aguardado álbum de estreia intitulado THE ALBUM.
Com oito faixas, o disco consolida a sonoridade das jovens coreanas. Músicas que misturam os versos e fórmulas do pop, mas que têm uma levada rítmica bem baseada no hip-hop, o gênero, inclusive, tem sido chamado de trap-pop e ganhado adeptos. Uma das precursoras deste formato é a cantora Ariana Grande. A diferença da girlband está no lado eletrônico. As canções do novo trabalho têm o instrumental muito presente na melodia, e não só a parte cantada.
Por ser um álbum inteiro que segue uma base, o trabalho é coeso e as músicas fazem sentido sendo ouvidas em sequência. O formato, no entanto, tende a ser previsível na sequência: verso, refrão e drop, às vezes soando um tanto repetitivo. Contudo, é o fato de não se acomodarem que faz delas figuras com forte poder na música pop atual. Canções como Bet you wanna, com participação de Cardi B, e Love to hate me fogem do princípio que rege o álbum, sendo elementos agradavelmente surpreendentes.
As participações também são um trunfo do grupo. Convidando Cardi B, uma das artistas mais ouvidas nos últimos dois anos, e Selena Gomez, que recentemente voltou aos holofotes com lançamentos, o BLACKPINK coloca peso na tracklist. Ainda assim não depende só de colaborações para fazer um disco famoso.
O disco não foi a única novidade lançada pelas gigantes do k-pop nesta sexta-feira. Elas também apresentaram o clipe de Lovesick girls, terceiro single do projeto. Além desta parte musical, as quatro cantoras ainda têm marcada a estreia do documentário Light up the sky, na Netflix. O filme apresenta os bastidores da ascensão do grupo e quais foram os desafios no caminho que trilharam.
BLACKPINK, k-pop e o fim da hegemonia do pop norte-americano
A trajetória do BLACKPINK foi marcada por uma rápida escalada para o nível mundial. O grupo começou em Seoul (Coreia do Sul) em 2016 e, atualmente, com quatro anos de existência já atingiu grandes conquistas. As meninas fizeram turnê mundial em 2019 encerrada no Coachella, maior festival de música dos Estados Unidos. Também têm a entrada de singles recentes na Hot 100 da Billboard. Por fim, em 2020, participaram em Sour Candy do Chromatica, novo álbum de Lady Gaga, ganharam um VMA de Música do Verão -- o primeiro de grupo asiático a vencer o prêmio --, e recentemente colaboraram no Club Nostalgia, disco remixes de Dua Lipa.
O girlgroup amanheceu nesta sexta-feira entre os assuntos mais comentados do Twitter mundial por conta do álbum e do clipe, em um dia em que o canadense Shawn Mendes também lançou um videoclipe impactante, e mostra que o k-pop tem se popularizado fora do país de origem.
BLACKPINK encabeça um movimento de colocar o k-pop em um patamar alto da música desafiando o pop norte-americano como o gênero do topo das paradas. Ao lado de outro grupos como BTS, EXO e Monsta X, as meninas de Seoul sonham alto. Sucesso elas já têm, mesmo muito novas no que fazem, agora apontam para uma mudança na indústria fonográfica.
*Estagiário sob supervisão de Adriana Izel
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