O gaúcho Fabricio Dadda lança seu primeiro single Blues do antigo eu, uma composição sobre noites de farras e bebedeiras, já disponível em todas as plataformas de música. Em um melancólico encarar do amanhecer, o artista retrata a raiva de quando as luzes do sol aparecem para acabar com a festa, uma metáfora para a vida adulta.
Fabricio narra que a letra já estava escrita em um caderno antigo da escola há vinte anos, mas somente agora foi lançada. “Na época de escola, eu rabiscava muita coisa que nem sempre tinha forma de música, mas que pode ser aproveitada no decorrer dos anos. Tenho esse costume de resgatar antigos escritos e muitos desses achados já viraram músicas. Blues do antigo eu foi mais uma. Ao revisitar a letra, achei ela forte e ácida. Ela transmite essa sensação de sofrimento, mas ao mesmo tempo uma vontade de que a noite não acabe. Gostei da forma como ela foi escrita e lembrei de como eu a imaginei num blues.”
O artista conta que escolheu fazer o blues em um tom menor, que não é o tipo mais usual, para trazer um pouco mais de dramaticidade. O clipe transmite uma atmosfera sombria e agônica, até um pouco vampiresca, transitando entre a fotografia colorida e em preto e branco. Suas principais referências vêm da MPB e do rock antigo, como Engenheiros do Hawaii e Legião Urbana.
Fabricio desabafa que em sua vida inteira, apesar da timidez, sempre circulou com certa facilidade por diversos grupos e tribos. Ao mesmo tempo, não encaixava 100% em nenhum deles. A música foi a primeira coisa que ele fez para as pessoas reconhecerem valor. “Eu gosto da frase da música o espelho reflete o que sobrou de mim. Acho que, apesar de mudanças, carregamos um pouco de tudo o que fomos e do que deixamos para trás. A gente melhora, mas não muda na essência. Essa música carrega muito do que eu ainda acredito, mesmo tendo sido escrita há mais de 20 anos”, diz.
Desde 2019, o artista mora em Brasília. Ele reconhece que a mudança o ajudou a aprimorar as composições. Quando chegou à cidade, formou uma banda com Vanessa Dantas, e agora segue carreira solo: “Quando meu produtor montou a banda para gravar comigo, foi gratificante ver caras que tocaram com meus ídolos, incluindo bandas de Brasília. O violão do single é do Fred Nascimento, que fez turnê com Legião Urbana e Capital Inicial. O baixo é de Gian Fabra, que tocou com a Legião.”
“Quanto mais eu componho, mais vai se revelando um estilo, principalmente na escrita. Com relação às harmonias, acaba surgindo um pouco de tudo que eu vou ouvindo. Acho muito importante, depois de finalizar uma música, ir dando retoques na letra e na melodia. Ouvir com criticidade para ver se está soando muito parecido com outra música que já exista. Se identificar isso, dá pra mudar. Não tenho mais tanto apego à obra original como eu tinha quando comecei a compor. Se for para melhorar, dá para mudar” conta Fabricio, ao falar sobre sua evolução musical.
*Estagiária sob supervisão de Severino Francisco
Saiba Mais
-
Diversão e Arte Dua Lipa lança música acompanhada de clipe gravado em Barcelona
-
Diversão e Arte Prime Video anuncia nova temporada de ‘LOL: Se rir, já era!’
-
Diversão e Arte Sarau Sertão Rua traz expressões artísticas para o Gama
-
Diversão e Arte Conheça os destinos preferidos dos famosos na Chapada dos Veadeiros
-
Diversão e Arte Cantora Naessa lança última música do álbum 'Mais um degrau'
-
Diversão e Arte Ritchie lança música inédita e nova versão para 'Ando meio desligado'