
A estatueta do Oscar é o prêmio mais cobiçado do meio audiovisual. O troféu, criado por Cedric Gibbons, ex-diretor de arte da MGM, em 1929, mede quase 35 centímetros e pesa cerca de 4 quilogramas. Os vencedores do prêmio, no entanto, são proibidos de lucrar em cima da peça, feita de bronze e banhada em ouro 24 quilates. Além de não receberem nenhuma quantia em dinheiro da Academia pela vitória, os ganhadores da premiação também são proibidos de venderem as estátuas.
De acordo com o inciso dez do regulamento do Oscar, os vencedores “não têm nenhum direito sobre os direitos autorais ou boa vontade da Academia pela estatueta do Oscar ou em seus registros de marca registrada e de serviço”. O artigo também afirma que os ganhadores não deverão vender ou dispor da estatueta, nem permitir que ela seja vendida ou alienada por força da lei, sem primeiro oferecê-la para venda à Academia pela quantia de US$ 1 (cerca de R$ 6 na cotação atual).
O regulamento também se aplica a herdeiros e cessionários dos vencedores do prêmio que possam adquirir uma estatueta por doação ou legado. Quem se recusar a assinar o acordo precisa devolver o troféu para a organização, saindo da cerimônia de mãos vazias. Vale ressaltar que todas as estatuetas são rastreáveis e a Academia consegue descobrir quem foi o premiado que a vendeu.
Os troféus são feitos, todos os anos, pela Fundição Polich Tallix, de forma individual e manual. A produção demora cerca de três meses e são entregues 50 exemplares à Academia. Caso alguma das peças não seja entregue, ela fica guardada em um cofre da organização até o próximo ano. A produção de cada estatueta pode custar entre US$ 500 e US$ 900 (R$ 3 mil e R$ 5 mil, aproximadamente), a depender da cotação do ouro.
Apesar de não receberem dinheiro da Academia, os premiados podem receber brindes de patrocinadores e outras marcas, que variam a cada ano.