Desde criança, Jaffar Bambirra sonhava em ser músico, ficava cantando e fazendo shows pela casa. Ainda durante a juventude, aprendeu a tocar violão e a compor e decidiu estudar teatro para poder adquirir presença de palco. Inspirado pela mãe, que também era atriz e diretora e o levava para os sets de filmagem, ele logo se apaixonou pela atuação. "Quando vi, estava muito inserido. Eu nunca imaginei seguir isso, mas quando me formei como ator, fui fazer faculdade de cinema e depois já fui fazendo teste. Uma hora passei", conta o artista.
Os dramas médicos sempre foram populares na TV. No Brasil, Sob pressão foi um sucesso de crítica e audiência e agora Cláudio Torres, um dos criadores, une-se a Márcio Maranhão e Andrucha Waddington na nova série da Globoplay, Emergência 53, sobre os profissionais que trabalham em ambulâncias hospitalares. "Um diferencial da nossa é que ela é sobre os socorristas, então é muito mais rua do que dentro do hospital. Então, eu digo que ela também é uma série de ação, porque a gente chega em lugares muito difíceis de socorrer uma pessoa", destaca Jaffar.
Para se preparar para o papel, os atores tiveram acompanhamento de médicos e enfermeiros socorristas durante toda a produção e estudaram os profissionais e o funcionamento do Samu, serviço similar ao mostrado na série. "É um trabalho realmente incrível, eles são quase super-heróis. É muito legal ter entrado nesse universo, a série vai ser muito bacana", adiciona o ator. Além dele, o elenco inclui Fernanda Montenegro, Yara de Novaes, Emílio Dantas, Valentina Herszage e Ana Hikari. A série está sendo filmada e ainda não há previsão de lançamento.
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Desafio
Jaffar estreou na televisão com a novela Pega pega, depois trabalhou em O sétimo guardião, Quanto mais vida, melhor! e, mais recentemente, Mania de você. No streaming, interpretou Sérgio Sampaio na série biográfica de Raul Seixas, e ganhou destaque como o protagonista de Dias perfeitos, ambas da Globoplay. Baseado no livro homônimo de Raphael Montes, Dias perfeitos segue Téo, que desenvolve uma obsessão por Clarice (Julia Dalavia) após ela beijá-lo para enciumar o namorado. Recusando-se a aceitar um "não" da jovem, ele a sequestra por acreditar que, com o tempo, Clarice vai se apaixonar por ele.
Segundo o ator, esse foi o papel mais desafiador da carreira dele, por conta da dificuldade, da carga emocional e do tempo de filmagem. "Com certeza, foi o que exigiu mais. O Téo é realmente o mais difícil e complexo da minha minha carreira até aqui", explica o Jaffar. "Mas acho que é um personagem que todo mundo amaria fazer, porque ele é único e, para mim, foi um grande presente. Não acho que não vou fazer nada próximo de novo", completa.
"Eu sou muito grato a todos os meus trabalhos, desde Pega pega, e eu me vejo hoje um outro ator. E, ao mesmo tempo, aquele ator está aqui ainda. Passei por muitas transformações na minha vida e ainda sou muito novo, ainda tenho muito trabalho para fazer assim", reflete Jaffar. Ele ainda expressa a vontade de um dia interpretar um professor, inspirado pela mãe e os avós, que eram profissionais da área. "Eu tenho vontade porque eu não acho que eu vou ser professor um dia na minha vida, mas eu adoraria fazer um personagem legal de um professor", explica.
Além da série médica, Jaffar está produzindo seu segundo álbum. "Eu tenho me descoberto cada vez mais como um cantor romântico, então acho que o grande foco do meu álbum é o amor", conta o músico. Com algumas músicas iniciadas, espera lançar o disco no próximo ano.
*Estagiária sob a supervisão de Sibele Negromonte
