Música

Pato Fu resgata sucesso de 'Gol de quem?' em show especial

Grupo celebra os 30 anos do álbum 'Gol de quem?' com show no SESI Lab

A banda Pato Fu desfila repertório de clássicos 
 -  (crédito: Alexandre Biciati)
A banda Pato Fu desfila repertório de clássicos - (crédito: Alexandre Biciati)

Nos últimos tempos, Pato Fu tem vivido uma eterna celebração. Em 2022, a banda caiu na estrada com a turnê Rotorquestra de liquidificafu, em comemoração às três décadas de atividade do grupo. A série de shows, em parceria com a Orquestra Ouro Preto, rodou o Brasil e ainda rendeu um álbum ao vivo que passeia por todo o repertório do primeiro disco dos mineiros, além de outros sucessos do quinteto. Agora, Fernanda Takai (voz), John Ulhoa (guitarra), Ricardo Koctus (baixo), Xande Tamietti (bateria) e Richard Neves (teclados) se preparam para mais uma festividade — o aniversário de 30 anos do Gol de quem?, um dos trabalhos mais emblemáticos dos músicos.

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Em Brasília, o show que comemora o trabalho responsável pelo sucesso Sobre o tempo é apresentado amanhã, durante a 25ª edição do Night Lab, no SESI Lab. O Pato Fu sobe aos palcos a partir das 22h. "O Gol de quem? nos apresentou para a maior parte de nosso público, em nossa geração", diz o guitarrista John Ulhoa. "Acho que Sobre o tempo, inclusive, solidificou a ideia de que somos uma banda meio maluca, mas temos canções radiofônicas também, e que transitamos por essas facetas sem ferir nenhum de nossos pressupostos estéticos", avalia o músico.

Segundo ele, celebrar o disco "simplesmente pareceu a coisa certa a fazer". "Tínhamos a sensação de que seriam apresentações muito divertidas e emocionantes. Fizemos uma pequena temporada em São Paulo com um show deste álbum há mais de 10 anos, mas sem dar sequência. Ali já percebemos o potencial que esse repertório tinha. Agora acho que é o momento ideal, e a turnê tem nos mostrado que é isso mesmo", conta Ulhoa.

"O mais incrível é ver como as canções, até mesmo as mais lado B, ganham contornos emocionais", continua o instrumentista. "Muita gente entra no nosso camarim com os olhos vermelhos dizendo: "Achei que nunca mais veria vocês tocando tal música". No começo, o Pato Fu era muito centrado em fazer arranjos que fossem bons de serem tocados ao vivo, divertidos, para as pessoas curtirem os shows mesmo se não conhecessem a banda. Esse repertório nos lembrou disso, as faixas realmente funcionavam — e ainda funcionam!", exclama o integrante.

"A música tem esse poder mágico de resistir ao tempo", acrescenta Fernanda Takai. A vocalista destaca que uma banda como o Pato Fu, que "sempre esteve nos limites da cena independente e do streaming", poder celebrar marcos como 33 anos em atividade é algo raro no mundo artístico. "Ainda mais contendo um casamento entre um casal de integrantes, neste mundo cheio de pautas que caem logo para outros assuntos que não a arte. Comemoramos nossa amizade, nossa vontade de tocar juntos até hoje e a certeza de que nosso caminho foi muito produtivo", garante. A cantora é casada com Ulhoa desde 1995.

Fernanda afirma que ela e os demais integrantes da banda nunca imaginaram o quanto o grupo poderia durar. "Ninguém pode prever isso. Temos sempre em mente que nós somos nosso primeiro público e precisamos estar felizes com os álbuns, os videoclipes, as turnês... Fazer shows legais e encontrar pessoas que vão nos ver há anos é recompensador. Assim como encontrar alguém que começou a nos ouvir há pouco tempo, também. Ainda apostamos na experiência ao vivo como a melhor moeda para trazer a plateia pro nosso time", revela a vocalista.

Para a cantora, apesar das mudanças que aconteceram no universo da música nos últimos 30 anos, canções e artistas que têm personalidade não precisam tentar se encaixar a todo custo nos modelos atuais de se fazer uma carreira. "Há novas ferramentas no mercado, as redes sociais têm um papel grande na visibilidade do que se faz, mas forçar a natureza de cada um pode ser até pior", opina.

"Prefiro pensar que projetos como o Música de Brinquedo, ou um álbum e uma série de shows com a Orquestra Ouro Preto, músicas em filmes, novelas ou séries, façam o Pato Fu alcançar outras paragens, como sempre foi... sem contar o rádio que ainda é muito relevante no nosso segmento. O acesso à história está na rede e vamos torcer pra que tudo que geramos até hoje continue relevante. E que a gente seja capaz de fazer boas novas canções ainda", finaliza Fernanda.

Celebração em dobro

Para além da celebração das três décadas de Gol de quem?, a 25ª edição do Night Lab também comemora três anos de atividades do SESI Lab. Sob a temática Distopias e Ficções, o museu interativo e laboratório de ideias convida o público a imaginar outros mundos possíveis a partir da arte, da música e da tecnologia. Amanhã, a programação começa a partir das 19h, com a ocupação do painel de LED com a fotógrafa Isis Aisha.

Às 20h, Mahmundi apresenta Remixes, espetáculo inédito em que a cantora recria os principais sucessos da carreira com sonoridades eletrônicas ao vivo, com auxílio de sintetizadores e guitarras. Simultaneamente, ocorrem no museu oficinas e conversas poéticas abertas ao público.

"Em três anos, o SESI Lab se tornou um ponto de encontro importante na cena cultural de Brasília. Trouxemos uma programação que combina arte, ciência e tecnologia de maneira acessível e provocadora, criando um espaço onde as pessoas podem experimentar, aprender e imaginar novos futuros", define Claudia Ramalho, superintendente de Cultura do SESI.

"Para os próximos anos, queremos aprofundar esse diálogo com o público, ampliar parcerias, fortalecer nossas ações de sustentabilidade ambiental e seguir oferecendo experiências que conectem criatividade, conhecimento e gerem impacto social", deseja a superintendente.

Patu Fu apresenta Gol de quem?

Amanhã, às 22h, no SESI Lab (Setor Cultural Sul)

Ingressos poderão ser adquiridos amanhã, às 17h, na bilheteria do evento. Ingressos: R$ 20 (meia) e R$ 40 (inteira). Não recomendado para
menores de 18 anos.

 


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postado em 26/11/2025 04:22
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