
Com história fictícia que se passa em uma casa de shows na Espanha, O assassinato de Maria Alba leva ao palco discussão de relações de dominação e estereótipos femininos. O espetáculo, que reúne jazz, dança contemporânea e acrobacias em aparelhos, estreia no Espaço Cultural Renato Russo nesta quinta-feira (27/11), às 20h, mesmo horário de sessão na sexta (28/11). Ingressos custam a partir de R$ 20 (meia).
A direção artística e as coreografias são assinadas por Carlos Guerreiro e Catherine Zilá, do Grupo Pele. Em cena, 17 bailarinas do Âmago Dança Contemporânea realizam os movimentos. Além da linguagem da dança contemporânea, elementos teatrais e de palhaçaria compõem os números. “Me chamo Maria Alba e esta é a noite em que fui assassinada, para descobrirmos o que aconteceu comigo, precisaremos voltar algumas horas atrás”, diz a protagonista no começo do espetáculo.
Segundo Catherine Zilá, Maria Alba surgiu do estereótipo de “mulher fatal”, que consegue tudo o que quer, sem medir esforços. “Apresentamos o que acontece nessa casa de espetáculos, como por exemplo o fingir, o esconder e o performar. Assim como solos e pequenas performances que contam como aquela personagem poderia ser suspeita”, explica.
“Para além de uma casa de shows e do estereótipo da mulher sensualizada, o espetáculo também traz reflexões à respeito da competitividade, das relações tóxicas, da sociedade patriarcal, da vingança e da própria natureza humana para sobreviver em um ambiente tão contrastante e hostil”, comenta Guerreiro.
Serviço:
O assassinato de Maria Alba (grupos Pele e Âmago), nesta quinta (27/11) e sexta (28/11), às 20h, no Espaço Cultural Renato Russo. Ingressos, disponíveis na plataforma Sympla, a partir de R$ 20 (meia). Não indicado para menores de 16 anos.
*Estagiário sob supervisão de Nahima Maciel

Diversão e Arte
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