
Músicos de diferentes gerações e estilos se encontram, neste fim de semana, no Festival Clube do Choro. São 12 shows que reúnem duos, como Lula Galvão e Leila Pinheiro, Leoni, ex-Kid Abelha, e Milton Guedes e Kleiton & Kledir. O forró pé de serra da cantora Mariana Aydar também é atração. Há ingressos disponíveis apenas para a abertura, às 16h, neste sábado (22/11), com o bandolinista Bento Tibúrcio, de 18 anos.
No primeiro dia de festival, a partir das 19h50, os acordes de Lula Galvão recebem acompanhamento da voz e do piano de Leila Pinheiro. Além de repertório compartilhado, cada um apresenta canções individualmente durante o número. Galvão participou do álbum Catavento e Girassol, de Leila Pinheiro, em 1996. "É uma alegria imensa juntar nossa música outra vez", diz Leila. "Ela é uma das vozes mais afinadas e precisas", elogia Galvão, ao citar o refino técnico da parceira. "Isso faz com que dê liga entre nós dois", completa.
Mariana Aydar se apresenta no domingo (23/11), às 20h, junto de Cosme Vieira (sanfona), Léo Rodrigues (pandeiro) e Fê Silva (zabumba). "Vamos em uma formação bem pé de serra mesmo", promete a cantora. Para ela, "forró, samba e choro são como primos", acrescenta, o que fez com que recebesse com "naturalidade" o convite para o festival em Brasília. "Muito feliz em subir a esse palco tão emblemático."
O Festival do Clube do Choro reúne, pela primeira vez, o duo Leoni e Milton Guedes. Os grupos Chorodelas, Choro Popular Orquestra, a dupla gaúcha Kleiton & Kledir e o violonista Nonato Luiz, que completa 50 anos de carreira, também participam do evento. Henrique Cazes, Alexandre Maionese e o Regional Choro Livre, Ian Coury e o grupo Choro Livre, Nicolas Krassik e Pablo Moura completam a programação.
Diretor da Escola Brasileira de Choro, Henrique Neto ressalta a importância de promover intercâmbio entre artistas por meio de festivais. "Para nós do Clube do Choro é muito importante fazer dois trabalhos, um de preservação, com autores e artistas tarimbados, mas também de apresentar a nova geração", explica. Os ingressos se esgotaram em 15 minutos, o que, para ele, significa reconhecimento da qualidade do festival. "Temos um espaço limitado, mas ficamos muito felizes de saber do interesse do público pela programação e pelo trabalho, e sobretudo pela música brasileira."
*Estagiário sob a supervisão de Severino Francisco

Diversão e Arte
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