
CRÍTICA ETERNIDADE // 3 ESTRELAS
Como escolher com quem ficar na vida após a morte quando você se casou duas vezes? Esse é o dilema de Joan, a protagonista de Eternidade, nova comédia-romântica da A24 que estreou nos cinemas esta semana. Interpretada por Elizabeth Olsen, a personagem, chega à estação de trem localizada entre a vida e a eternidade depois de passar mais de 50 anos junto com marido, Larry Cutler (Miles Teller), que morreu uma semana antes dela. Mas para surpresa de Joan, além do parceiro de vida, ela reencontra Luke (Callum Turner), seu primeiro amor, que morreu na guerra e ficou 67 anos aguardando ela para seguirem para a eternidade juntos.
No cenário do longa, depois de morrer, a pessoa tem uma semana para decidir seu destino final, com opções que vão de praias paradisíacas, belas montanhas ou grandes cidades congeladas em determinado período da história. Após a escolha, você não pode voltar atrás, assim, Joan entra em uma espiral de dúvidas ao colocar, lado a lado, a vida e família que construiu com Larry e a história que ela nunca pôde viver com Luke. Na difícil tomada de decisão, a protagonista ainda recebe conselhos dos comissários pós-morte, interpretados por Da'Vine Joy Randolph e John Early. A vencedora do Oscar rouba a cena com as piadas, mostrando ter mais carisma que o resto do elenco do longa.
Ao acompanhar o triângulo amoroso celestial, o filme explora como o afeto está presente na vida humana (mesmo após a morte) e dialoga sobre o significado de diferentes tipos de relacionamento para uma pessoa. Com direito a um túnel da memória que permite revisitar suas lembranças mais marcantes, o longa faz uma reflexão sobre amar, lidar com o luto, seguir em frente e sobre a importância de escolher bem com quem você deseja construir uma história — em vida ou não.
*Estagiária sob a supervisão de Severino Francisco

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