
A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas deve atingir 335,7 milhões de toneladas em 2026, uma queda de 3% em relação ao recorde estimado para 2025, de 345,9 milhões de toneladas.
A previsão consta na atualização mensal do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (11/12). O declínio da produção deve-se, principalmente, à menor estimativa para o milho, que deve cair 6,8%, ou 9,6 milhões de toneladas.
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Segundo Carlos Barradas, gerente de levantamentos agrícolas do IBGE, a queda projetada ocorre principalmente porque a base de comparação deste ano é excepcionalmente alta. “As condições climáticas favoreceram fortemente o desempenho tanto da primeira quanto da segunda safra, um cenário que dificilmente se repetirá no próximo ano”, destacou.
Também há projeções de queda para outras culturas: o sorgo deve recuar 14,6%, ou 787,9 mil toneladas; o arroz, 8,0%, ou 1 milhão de toneladas; o algodão herbáceo em caroço, 11,6%, ou 1,1 milhão de toneladas; o trigo, 4,0%, ou 319,2 mil toneladas; e o feijão da primeira safra, 3,5%, ou 33,6 mil toneladas.
Para 2026, a produção de soja está estimada em 166,0 milhões de toneladas. A produção de milho deve totalizar 141,6 milhões de toneladas, divididas entre 25,8 milhões na primeira safra e 115,9 milhões na segunda. O arroz (em casca) deve alcançar 12,6 milhões de toneladas, o trigo 7,9 milhões, o algodão herbáceo (em caroço) 9,9 milhões e o sorgo 5,4 milhões de toneladas.
Recorde
A atualização de novembro estima que a safra de 2025 deve atingir 345,9 milhões de toneladas, 18,2% acima do volume de 2024, um aumento de 53,2 milhões de toneladas. Em relação a outubro, houve acréscimo de 313,7 mil toneladas, ou 0,1%.
O resultado deve consolidar a safra deste ano como a maior da série histórica do levantamento. A área a ser colhida este ano deve chegar a 81,5 milhões de hectares, 3,1% maior do que a de 2024, com aumento de 2,5 milhões de hectares. Frente a outubro, a expansão foi de 66,8 mil hectares, ou 0,1%.

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