
Assunção — A primeira medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção-2025 não poderia ter sido mais simbólica. Atleta da casa, Nicole Martínez, do remo, colocou a bandeira do Paraguai no topo do pódio e fez o hino do país ecoar na cerimônia de premiação de ontem, na Baía de Assunção. Multimedalhista em eventos continentais, a remadora garantiu um dia nacionalmente glorioso para a modalidade à qual dedica a vida.
A conquista de Nicole é repleta de simbolismos. Pela primeira vez, o Paraguai está recebendo uma edição dos Jogos organizados pela PanAm Sports. O evento, inclusive, é considerado o mais importante da história do país. Paralelamente, os paraguaios cultivam o sonho de recebem a edição adulta do Pan, em 2031. A corrida é contra a candidatura conjunta de Rio de Janeiro e Niterói. No contexto, cada feito ficará marcado de uma maneira especial e conquistar a primeira medalha dourada de Assunção-2025 é prova disso.
Promessa do país, Martínez ampliou os bons resultados recentes. Medalhista de ouro em Cali-2021, a paraguaia foi a primeira a ficar no topo do pódio em duas edições dos Jogos. O currículo dela também conta com duas medalhas de bronze no Pan adulto de Santiago-2023. O ápice na capital do país natal veio a partir de profissionalismo, dedicação e paixão pelo esporte. Hoje, Martínez figura entre as sete melhores remadoras do mundo na categoria sub-23.
O público apostou na possibilidade de medalha e cercou de vibração os arredores da Baía de Assunção. O afeto dos conterrâneos foi materializado com o abraço empolgado do presidente do Comitê Olímpico Paraguaio (COP), Camilo Pérez López Moreira, em Nicole. A cerimônia de premiação consolidou toda a alegria sentida pelo momento. Na primeira edição do Pan Júnior, em Cali-2021, o país conquistou 10 medalhas: duas de ouro, quatro de prata e quatro de bronze. Somente ontem, o país arrancou na edição caseira dos Jogos com quadro: outras duas pratas no remo e um bronze na esgrima.
Nicole venceu com um tempo de 7m50s02, seguida por Felipa Rosas, do Chile, com 8m00s58, e Cloe Callorda, do Uruguai, com 8m05s26. "Estou superfeliz por ganhar esta medalha de ouro em casa. Ouvi os gritos nos últimos metros, todo mundo gritando... Acho que ouvi minha mãe, em seguida. Então, agora é só aplaudir os outros barcos e vai Paraguai! Dedico isso a toda a minha família, a todos os meus amigos que vieram me apoiar. Eles acordaram supercedo em um domingo. Obrigada a todos", acrescentou a campeã pan-americana. (DQ)
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