Assunção-2025

Com mais quatro medalhas, judô brasileiro segue 100% em pódios no Pan Jr.

Matheus Nolasco, Eduarda Bastos e Luan Almeida subiram ao topo do pódio. Maria Oliveira terminou as disputas individuais em Assunção com uma prata, somando nove medalhas para o Brasil em dois dias

Time Brasil está com nove medalhas adicionadas no quadro nos primeiros dias de disputas na capital paraguaia -  (crédito: Alexandre Loureiro/CBJ)
Time Brasil está com nove medalhas adicionadas no quadro nos primeiros dias de disputas na capital paraguaia - (crédito: Alexandre Loureiro/CBJ)

Assunção — Judô virou sinônimo de medalhas para o Time Brasil nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Assunção-2025. Na tarde desta segunda-feira (11/8), mais quatro judocas do país confirmaram o favoritismo e subiram ao pódio na capital paraguaia. Os ouros vieram do talento de Matheus Nolasco (-73kg), Eduarda Bastos (-63kg) e Luan Almeida (-81kg). Maria Oliveira (-70kg) faturou uma prata na competição de categorias de base.

O desempenho brasileiro no segundo dia das disputas na modalidade garantem 100% no aproveitamento nas possibilidades de medalha na capital paraguaia. No domingo (10/8), o Brasil teve a bandeira no pódio cinco vezes, com quatro ouros — incluindo o da brasiliense Bianca Reis — e um bronze — conquistado por Lucas Takaki, também atleta natural do Distrito Federal.

Matheus Nolasco teve duas vitórias nas eliminatórias. Primeiro, passou pelo uruguaio Paolo Alberto Silva Manzi, com um waza-ari seguido de imobilização, nas quartas de final. Depois, na semifinal, o brasileiro venceu o chileno Tomás Hernandez, com um yuko. O ouro veio diante de um antigo algoz. O equatoriano Alfredo Valdivieso venceu o brasileiro no Pan-Americano Júnior da modalidade e levou o troco com um yuko, a segundos do fim da luta.

O ouro veio com a vaga para os Jogos Pan-Americanos de Lima-2027. “É uma sensação muito boa. Eu trabalhei muito, vim batendo na trave em outras competições passadas. No Campeonato Pan-Americano, eu acabei perdendo a final da competição para esse mesmo atleta. Eu batalhei bastante, treinei, me dediquei com o pessoal do clube e da CBJ. Hoje, deu tudo certo na competição. É gratificante ver que o trabalho está dando resultado”, destacou.

Luan começou a caminhada no Pan Júnior com uma vitória rápida nas quartas de final, levando o paraguaio Elias Veron Fernandez para o chão ainda no primeiro hajime e conseguindo a imobilização por vinte segundos até o ippon. Depois, na semifinal, ele novamente não teve dificuldades contra o estadunidense Daniel Shulgin, jogando o adversário em um belo ippon.

Na final, o brasileiro enfrentou o canadense Arthur Karpukov e, ativo no combate, conseguiu um yuko, usando muito bem o chão a seu favor para queimar o relógio. "Fiz três lutas e consegui trabalhar bem o que eu estava treinando no meu clube. Fico feliz por essa oportunidade de participar de um campeonato tão legal como esse, com essa estrutura. Fazia tempo que eu não competia em uma competição no Júnior, estava rodando muito no Sênior. Acabei me jogando um pouco de pressão, mas consegui desempenhar bem", avaliou.

Feminino

Primeira brasileira a se apresentar no tatame paraguaio, Eduarda Bastos ganhou da costa-riquenha Noilyn Aguilar Bravo, nas quartas de final, nas punições (3-0). Em seguida, na semifinal, conseguiu um yuko na venezuelana Ivette Fuentes, ainda no início da luta, e segurou o placar até o fim. Na decisão por medalhas, Duda teve pela frente a norte-americana Emily Daniela Jaspe, e, mesmo pendurada nas punições, conseguiu um yuko a 10 segundos do estouro do cronômetro.

“Estou muito feliz com a minha conquista. Garanti minha vaga para o Pan Sênior de 2027. As lutas foram ótimas e gostei muito do meu desempenho. Acho que todo o trabalho que está sendo feito está dando resultado. Eu já havia lutado com elas anteriormente, em especial a Jaspe, que já lutei uma vez. Somos amigas fora do tatame, mas dentro do tatame não tem dessa. Queria agradecer aos meus pais, que estão aqui me assistindo. Isso tornou o momento mais especial ainda”, ressaltou Duda.

Maria Oliveira começou as eliminatórias vencendo a dominicana Victoria Ramirez Peguero nas punições. Na sequência, imobilizou a estadunidense Shavon Gonzalez por cinco segundos no Golden Score, o suficiente para o yuko, e avançou à decisão da categoria. Diante da colombiana Heydi Santillana, a brasileira levou a luta até o fim, mas acabou superada por dois yuko.

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DQ
postado em 11/08/2025 19:22
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